Vários países do mundo estão fechando as suas fronteiras. No Brasil, governadores e prefeitos já suspenderam as aulas nas escolas públicas e particulares, assim como muitos deles deram ordens para que shoppings e academias de ginástica fossem fechados, e orientam as pessoas a ficarem em suas casas.
Mas tudo indica que a Petrobrás não está localizada no planeta Terra. Pelo menos essa é a única explicação para o que vem acontecendo em algumas unidades da empresa na Bahia.
Em meio à pandemia do coronavírus, unidades como a RLAM, por exemplo, permanecem com muitos colaboradores que no lugar de estarem em suas casas, se protegendo, circulam por diversas áreas da unidade, onde, segundo denúncia de trabalhadores, não tem sequer o álcool em gel em todos os setores, o que seria a mais básica das precauções contra o vírus.
Ainda de acordo com denúncias que chegaram ao Sindipetro, as ccl´s estão lotadas de gente solicitando PT (Permissão de Trabalho), sem nenhum controle. Para piorar a situação, o pessoal da limpeza não está recebendo os EPIs adequados para a situação como máscaras e luvas descartáveis, o que possibilitaria uma melhor higienização dos espaços internos e maior segurança para os trabalhadores próprios e terceirizados.
Já em Taquipe, a denuncia é que os ônibus não estão sendo higienizados, o que vem causando grande apreensão entre os trabalhadores.
Quadro semelhante pode ser visto em outras unidades do Sistema Petrobrás, o que preocupa muito a direção do Sindipetro, principalmente em áreas onde há maior número de funcionários como Taquipe, Torre Pituba e Rlam. O sindicato cobra que a estatal priorize a saúde dos trabalhadores, sejam eles diretos ou terceirizados.
Há solução, basta querer
Além das medidas paliativas de precaução como manter frascos de álcool em gel em todos os setores e disponiblizar máscaras, é urgente que a gestão da Petrobrás reavalie o quadro de trabalhadores que mantém nas unidades.
Uma sugestão é diminuir o número de prestadores de serviços que hoje ainda permanecem nas unidades. Como grande parte das empresas estão fazendo, as terceirizadas da Petrobrás deveriam manter parte desses funcionários em suas residências, com a garantia do salário e emprego.
O correto é deixar nas unidades somente aqueles trabalhadores que sejam necessários para manter o processo produtivo operacional.
Mesmo aqueles que não teriam como trabalhar no regime de home office, mas que também não precisariam necessariamente (nesse momento) estar na fábrica, deveriam ser encaminhados ao resguardo de suas residências.
A queixa dos trabalhadores é que não adianta a precaução que estão tomando para se protegerem e também às suas famílias, se chegam ao ambiente de trabalho e ficam expostos. Dessa forma, eles passam a ser agentes transmissores.
O assunto é muito sério e a Petrobrás como grande empresa que é deveria estar agindo à altura. Não é que a Companhia não esteja tomando providências para proteger os trabalhadores, o problema é que as medidas não estão sendo suficientes para minimizar o risco de contágio com o vírus, que é letal em muitos casos.
Contato com a empresa
A diretoria do Sindipetro procurou várias gerências da Petrobrás para tratar sobre esse e outros assuntos, recebendo como resposta que todas as reuniões com as entidades sindicais estão suspensas por causa do Covid-19 (coronavírus). Diante disso, o Sindipetro vem entrando em contato com as gerências através do telefone e espera que essa situação seja resolvida em breve, pois não há tempo para demora.
Denúncia
O trabalhador também tem a responsabilidade de se proteger, proteger a sua família e o colega de trabalho, portanto, além de seguir os protocolos da Organização Mundial de Saúde (OMS) em relação à higiene, deve denunciar se a unidade em que trabalha não está priorizando as ações preventivas.
Se você presenciar situações de negligência ou risco na sua unidade, envie e-mail para imprensasindipetroba@gmail.com ou procure um dos diretores do Sindipetro para denunciar.
A denúncia pode ser anônima. Você não precisa se identificar.
Fonte Sindipetro Bahia