Na reunião com Davidson Magalhães, Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (SETRE-BA) na quinta-feira (20), as centrais sindicais CUT , CTB , Força Sindical, UGT, Nova Central e CSB, apresentaram os nomes de empresas e até de colégios que estão praticando assédio eleitoral com seus funcionários, alunos e pais de alunos.
A mesma denúncia foi feita ao Ministério Público do Trabalho (MPT), na manhã da sexta-feira (21), em encontro com o Procurador Chefe do MPT, Luís Carneiro.
O petroleiro Leonardo Urpia, vice-presidente da CUT-BA, apresentou à SETRE um rol de empresas que através de seus representantes vêm praticando o assédio aos trabalhadores em Salvador e em cidades do interior da Bahia.
Veja como o crime de assédio eleitoral vem sendo praticado:
Colégio São José, localizado no bairro do Bonfim, em Salvador
Diversas pessoas denunciaram que no dia 30 de setembro uma freira do colégio assediou os pais de alunos e funcionários para votar em Bolsonaro sob a ameaça de “saírem daqui – iriam embora”. A religiosa também exibiu filme para os funcionários sobre Bolsonaro sob a mesma alegação acima.
Mendel Limpeza Urbana, localizada na cidade de Guananbi
Os funcionários foram abordados e pressionados a votar em Bolsonaro, com a alegação de que a empresa seria fechada se eles não votassem nesse candidato.
BR Disk Água e Gás, localizada na cidade de Itabela
O dono da empresa, além de coagir seus funcionários, ensina aos participantes de um grupo de watsApp composto por empresários a fazerem o mesmo.
Cerâmica Simonassi Bahia, localizada na cidade de Vitória da Conquista
A empresa vem levando o assédio a um grau ainda mais avançado. Para forçar o voto em Bolsonaro, os proprietários e gerentes da empresa disseram aos funcionários que estavam realizando mapeamento das seções eleitorais em que os trabalhadores votaram no primeiro turno, afirmando que farão o mesmo levantamento no 2º turno e caso o resultado daquelas urnas seja desfavorável ao seu candidato iriam mandar todos embora.
Canal de denúncias
O assédio eleitoral no ambiente de trabalho ou em qualquer outro ambiente é crime e um atentado contra a democracia. Por isso, as Centrais sindicais criaram um canal de denúncias que podem ser feitas pelo trabalhador de forma anônima. Com as denúncias em mãos a CUT e as outras centrais sindicais podem buscar os meios necessários para inibir este crime eleitoral e garantir a democracia no Brasil.
De acordo com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, “O assédio eleitoral é uma prática criminosa de empregadores que coagem, ameaçam e prometem benefícios para que seus funcionários votem ou deixem de votar em determinadas pessoas”.
Lembre-se sempre que o seu voto é secreto e você tem que votar de acordo com a sua consciência e realidade e não de acordo com a realidade do seu patrão. O que é bom para o patrão certamente não é bom para o empregado.
Não fique calado, denuncie. A denúncia pode ser feita de forma anônima.
Clique no link abaixo e faça sua denúncia
https://www.cut.org.br/denuncia/eleitoral
[Da imprensa do Sindipetro Bahia]