“Em nenhum momento, através de qualquer meio, a Acelen comunicou ao Sindipetro Bahia, o vazamento que ocorreu na empresa após o descarregamento de hipoclorito de sódio de uma carreta para um tanque, na Unidade 52, na madrugada do dia 10/10”, afima nota do Sindipetro Bahia. Leia abaixo a íntegra:
[Da imprensa do Sindipetro Bahia]
O vazamento afetou cerca de 30 trabalhadores, sendo que 14 foram encaminhados para atendimento médico, inclusive em hospitais da região, devido à inalação do gás tóxico, gerado pela mistura do hipoclorito de alta pureza, com outro produto químico, por meio de uma contaminação cruzada.
O Sindipetro só soube do ocorrido no dia 17/10, através de informações extra oficiais que chegaram ao conhecimento da entidade sindical. O Sitticcan, que representa a maioria dos trabalhadores terceirizados da Acelen também não foi avisado sobre o vazamento.
Portanto, causou espanto ao sindicato o fato de a Acelen afirmar para a imprensa que havia comunicado ao Sindipetro sobre o acidente no mesmo dia do ocorrido. A Acelen, para tentar descredibilizar o sindicato, faltou com a verdade e isto é muito grave, principalmente por se tratar de uma empresa deste porte.
Na avaliação do Sindipetro, a direção da Acelen agiu de forma intencional com o objetivo de esconder o acidente que só veio à público, após denúncias recebidas e divulgadas pelo sindicato.
Na próxima vez que ocorrer algo do tipo, e esperamos que não ocorra, a Acelen deveria seguir o seguinte protocolo para agir de forma correta: comunicar ao Sindipetro (através do e-mail oficial secretaria@sindipetroba.org.br), comunicar à CIPA da empresa, comunicar ao Sitticcan (que representa grande parte dos terceirizados da empresa), comunicar à Prefeitura de São Francisco do Conde, comunicar aos órgãos de controle ambiental do estado, comunicar à comunidade localizada no entorno da refinaria (já que se tratou de vazamento de gás).
Além de emitir as CATS (Comunicado de Acidente de Trabalho) de todos os envolvidos. Aliás, é importante ressaltar que até o momento, o sindicato só recebeu da Acelen (no dia 17/10) apenas uma CAT. De acordo com a legislação, a CAT tem que ser emitida para todos os trabalhadores que foram envolvidos no acidente.
Clique no link abaixo para ler o posicionamento da Acelen recebido pelo Sindipetro, através da assessoria de comunicação da empresa, no dia 17/10, no qual a Acelen não refuta o acidente e nem o número de atingidos pelo vazamento que foi divulgado pelo sindicato, mas falta com a verdade ao dizer que a informação divulgada pela entidade sindical sobre o vazamento é falsa.
Leia abaixo ofício enviado pelo Sindipetro à Acelen afirmando que não recebeu nenhum comunicado da empresa e pedindo esclarecimento sobre o ocorrido.