Devido aos afastamentos das petroleiras e dos petroleiros contaminados, o Sindipetro/MG tem recebido diversas denúncias de unidades operando abaixo do número de efetivo mínimo
[Da imprensa do Sindipetro MG]
O número de casos de contaminação por Covid-19 na Petrobrás continua a subir sem que a empresa esboce qualquer esforço para conter a crise. No dia 24 de janeiro, a Federação Única dos Petroleiros já contabilizava a contaminação de mais de 1.500 trabalhadores próprios em todo o Sistema Petrobrás. Ao não realizar a testagem em massa em seus funcionários próprios e terceirizados, a Petrobrás assume o risco de que os números cresçam ainda mais nos próximos dias.
Em Minas Gerais, as gerências da Refinaria Gabriel Passos (Regap) e da Usina Termelétrica de Ibirité (UTE-Ibirité) continuam a seguir a cartilha negacionista do governo Bolsonaro e se esquivam da responsabilidade de tomarem medidas efetivas contra a propagação do vírus. No último dia 20 de janeiro o Sindipetro/MG enviou ofício às gerências das duas unidades e solicitou a retomada da testagem em massa, o reforço das medidas sanitárias de prevenção ao contágio e o fornecimento do número atualizado de infectados. Porém, até o fechamento desta matéria, as gerências da Regap e da UTE-Ibirité não aplicaram nenhuma das solicitações feitas pelo sindicato.
A alta nos casos positivos para o coronavírus também coloca em risco a operação da refinaria e da termelétrica. Devido aos afastamentos das petroleiras e dos petroleiros contaminados, o Sindipetro/MG tem recebido diversas denúncias de unidades operando abaixo do número de efetivo mínimo. Essa situação, imposta pelo descaso da Petrobrás, é capaz de elevar o estresse da categoria petroleira, provocando adoecimento mental e, consequentemente, acidentes de trabalho que podem colocar toda a unidade em risco.
A categoria petroleira exerce um trabalho essencial para a população durante essa pandemia e, durante todo o período, trabalhou para garantir que não ocorresse um desabastecimento de combustível em Minas Gerais. Porém, o descaso da Petrobrás com a saúde da categoria está colocando em risco a operação da refinaria e da termelétrica. O Sindipetro/MG exige que a Petrobrás e as gerências locais adotem imediatamente medidas sanitárias mais rigorosas e garanta a segurança da categoria petroleira.