Chegamos ao final de 2009, iniciando nova gestão (2009/2012) na Direção da central. O ano que termina não podia ser diferente, enfrentamos muitos desafios, mas com certeza saímos fortalecidos(as).
O 10º CONCUT realizado em agosto deste ano com a presença de mais de 2.000 delegados e delegadas vindas de todas as regiões e representando todos os setores de atividades, só confirmam a importância da Central Única dos Trabalhadores na defesa dos interesses de classe e no processo de fortalecimento da democracia.
Atualizamos nossa estratégia para o triênio 2009-2012, contabilizando importantes lutas travadas no contexto nacional e internacional, no âmbito institucional e sindical, consolidamos conquistas, que reafirmam a CUT como a maior e mais importante central sindical do Brasil e da América Latina, legitimada em uma trajetória de 26 anos de lutas.
O tema do desenvolvimento colocado no centro na agenda sindical e nacional, numa perspectiva de efetiva valorização do trabalho e distribuição de renda e a intervenção consistente da Central frente à crise, em defesa do emprego e dos direitos dos trabalhadores foram alguns dos temas de destaque, juntamente com outras iniciativas que asseguraram importantes conquistas, como a política de valorização do salário mínimo, fruto de amplos processos de mobilização por meio das tantas Marchas à Brasília, que tem contado com a participação cada vez mais crescente de trabalhadores e trabalhadoras – nesta última, 6ª MARCHA DA CLASSE TRABALHADORA contou com mais de 50 mil participantes – mais da metade CUTista, mesmo assim, como sempre, a “mídia não viu”, mostrando mais uma vez o que há muito vimos apontando, a necessidade urgente da democratização dos meios de comunicação no País.
No âmbito das relações de trabalho muitos embates foram travados, dentre os quais podemos citar, além da defesa intransigente do emprego e da renda, a luta pela ratificação da convenção 158 contra a dispensa imotivada; da Convenção 151, pelo reconhecimento do direito de negociação coletiva no setor público; a batalha pelo Fim do compulsório Imposto Sindical e a implantação da Contribuição Negocial, visando um financiamento democrático e autônomo para o sindicalismo; a incansável batalha pela Redução da Jornada de Trabalho sem redução de salários, pelo fim do Fator Previdenciário; o aumento no valor da reposição das Aposentadorias de quem recebe proventos maiores que o mínimo; a ratificação da convenção 156 sobre responsabilidades familiares compartilhadas; a disputa no Congresso Nacional frente às proposições de origem patronal sobre a Terceirização, temas que se mantém como prioridade na agenda da CUT para o próximo período.
A Plataforma da Classe Trabalhadora para 2010, que vem sendo construída pelo conjunto dos/as cutistas em todo o território nacional, como parte da Jornada pelo Desenvolvimento, é um valioso instrumento, orientador da Central para a disputa de projetos em todas as esferas e espaços. O desenvolvimento que pretendemos tem como foco a distribuição de renda e valorização do trabalho, o respeito ao meio ambiente, a melhoria na qualidade de vida, a igualdade de oportunidades e de tratamento, ou seja, um desenvolvimento que prime pelo ser humano e não pelo lucro.
Todos estes temas devem estar articulados com a Agenda de Trabalho Decente da OIT. A Agenda Nacional deve ter como um de seus pilares a democratização das relações de trabalho e o respeito à liberdade de organização dos trabalhadores. Para isso é fundamental nos mantermos organizados e atentos.
A CUT têm uma trajetória ímpar e conta com uma militância incontestavelmente aguerrida, muito embora alguns setores da mídia, como ocorreu recentemente, usando de matérias “encomendadas”, tentem nos taxar de “sindicalismo domado”, essa “rebeldia propositiva” é a cara da nossa Central e continuará norteando as lutas do próximo ano, contrariando aqueles que preferem negar o inegável, ou seja a combatividade dessa “jovem rebelde” que ousa desafiar sempre, e por isso cresce na prática – esta é a CUT.
É assim que reafirmamos nossa convicção na defesa dos direitos fundamentais para a condição humana e isso pressupõe um esforço concentrado do conjunto da central para o ano que se vizinha. Como diz o poeta “o caminho se faz ao caminhar”
SOMOS FORTES SOMOS CUT!!!!
