Com informações da assessoria do vereador de São Mateus, Eneias Zanelato (PT)
A Audiencia Pública em defesa dos campos terrestres, convocada pela bancada parlamentar petroleira do Espirito Santo formada pelo Deputado Estadual Paulo Roberto e pelo Diretor do Sindipetro-ES/FUP e Vereador Eneias Zanelato, mobilizou vários segmentos da sociedade em São Mateus na última quinta-feira, 27/06. Estiveram presentes várias autoridades do municipio e diversas lideranças sindicais. Destaca-se em especial a forte participação dos estudantes do Curso de Engenharia do Petroleo do Ceunes. Um grande público lotou as dependencias do Clube Ouro Negro.
Desinvestimento no Norte Capixaba
A Petrobras tem um programa de otimização de custos que projeta para os próximos quatro anos uma redução de R$ 32 bilhões nos investimentos e um dos focos desse desinvestimento são as intervenções em campos terrestres. A afirmação é do diretor da Secretaria de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Federação Única dos Petroleiros, José Maria Rangel.
Membro do Conselho de Administração da Petrobras, José Maria participou da audiência pública realizada pela Câmara de São Mateus na noite de quinta-feira, no clube Ouro Negro. “São Mateus, onde o foco principal em produção são os campos terrestres, não fica imune a esse desinvestimento por parte da Petrobras”, disse José Maria.
O Diretor da FUP enfatizou que batalhará no Conselho de Administração para que sejam mantidos os investimentos. Segundo ele, a Federação Única dos Petroleiros quer mobilizar a população dos municípios atingidos para sensibilizar a empresa.
José Maria Rangel elogiou em especial a luta e a coragem dos Diretores do Sindipetro-ES Enéias Zanelato, João Eduardo ,Jorge Toscano, Tárcio, José Luis Santos Almeida e Marcondes no enfrentamento e na defesa dos campos terrestres em todas as unidades do Brasil,e contra os desinvestimentos da petrobras nessas áreas.
O Diretor do Sindipetro-BA Radiovaldo discorreu sobre a história da Petrobras, a luta do povo brasileiro na campanha o ” Petroleo É Nosso “, e fez um discurso emocionado sobre a Soberania Nacional, lembrando dentre outras coisas que o primeiro poço de petroleo do Brasil existe a sessenta anos e continua em produção na Bahia.
Radiovaldo ressaltou a importancia da retomada imediata dos investimentos nos municipios onde estão localizados os campos terrestres, visto que as economias dessas cidades estão sofrendo uma forte retração com desempregos, afetando o comércio e toda a cadeia produtiva dessas cidades. De acordo com o diretor do Sindipetro-BA, Radiovaldo Costa, 28 sondas estão paradas na Bahia. Ele lamentou a ausência de representantes da Petrobras na audiência pública.
O Diretor de Finanças do Sindipetro-ES Jorge Toscano apresentou dados sobre a forte retração nos investimentos, a queda na qualidade das prestações de serviços e as desmobilizações em curso. Toscano relatou que há sondas na região paradas há 40 dias, disse que poços de perfuração ainda não foram completados, ou seja, preparados para a produção. O dirigente sindical acredita que, se o arrocho nos investimentos continuar, 2.000 postos de trabalho podem ser perdidos.
O Deputado Estadual Paulo Roberto foi incisivo; os desinvestimentos são uma realidade e precisamos reagir. De imediato o Deputado Paulo Roberto sugeriu à mesa a criação de um Comitê formada por diversos segmentos da sociedade presentes à audiência, que irá dentre outras ações cobrar da Petrobras uma resposta sobre os desinvestimentos nos campos terrestres .
Autor do pedido da audiência, o vereador Eneias Zanelato relatou que as revindicações por investimentos no Norte Capixaba deverão chegar à Presidência da Petrobras, Governo do Estado e ao Governo Federal. O Comitê em Defesa dos Campos Terrestres de Petróleo deverá realizar nova Audiência na Assembléia Legislativa aumentando o leque de entidades envolvidas.
Estudantes de Engenharia do Petróleo reivindicam Programa de Estágio democrático e Transparente
Estudantes do Curso de Engenharia do Petróleo do Ceunes estiveram presentes nos debates . Além da preocupação com a redução dos investimentos, eles reivindicaram laboratório e um novo Programa de Estágio democrático e transparente e com mais oferta de vagas.