Atos contra o golpe serão intensificados no dia 16

Depois de reunirem no Centro do Rio de Janeiro milhares de pessoas, no último dia 08, em uma grande manifestação contra o golpe, as centrais sindicais e os movimentos sociais voltam às ruas na quarta-feira (16). Atos pelo país afora unificarão as forças progressistas brasileiras em defesa da democracia, no maior movimento popular de esquerda das últimas duas décadas.

Organizações de todos os segmentos da sociedade irão às ruas contra o golpe, por uma nova política econômica e pela cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.  As mobilizações são organizadas pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem centrais sindicais, trabalhadores rurais e sem teto, a juventude, estudantes, mulheres, negros e diversos outros movimentos populares.

“Não há motivo jurídico para o impeachment, é uma cortina de fumaça e um ato capitaneado pelos conservadores, que querem impor na marra a sua agenda de retrocesso. Mas vamos barrar os golpistas nas ruas, onde derrubamos a ditadura e vamos também colocar o Cunha na cadeia”,afirma o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Conspiração

Desde que Eduardo Cunha aceitou o infundado pedido de impeachment contra a presidente Dilma, diversos setores da sociedade acusaram o golpe e se manifestaram publicamente em defesa do Estado Democrático de Direito. Jurista, artistas, intelectuais e os reitores das principais universidades brasileiras também condenaram a tentativa de golpe, que ganhou ares de conspiração, após a carta do vice-presidente da República apontar para o rompimento com o governo. No Congresso Nacional, Cunha e seus aliados se valem de manobras autoritárias para sacrificar a democracia e se protegerem das investigações de corrupção. Pela sétima vez, o presidente da Câmara conseguiu adiar o processo de cassação de seu mandato.

Barrar o ajuste e retomar os investimentos da Petrobrás

Foi nas ruas que o povo brasileiro derrubou a ditadura militar e garantiu conquistas históricas, como a criação da Petrobrás. É novamente nas ruas que a população defenderá a democracia e as reformas estruturais tão necessárias para o país, a começar por uma nova política econômica. “Não permitiremos o golpe, nem o retrocesso. Para fazer o país voltar a crescer, com geração de emprego e de renda para todos, é fundamental retomarmos os investimentos da Petrobrás, que é uma das poucas empresas que podem fazer a economia girar”, declarou o coordenador da FUP, José Maria Rangel, no ato do último dia 08, no Rio de Janeiro.

Fonte: FUP