Vermelho
Além de toda a direção executiva da CTB, estiveram presentes milhares de delegados de todas os estados do Brasil e uma grande delegação de estrangeiros.
Sob o tema central “Avançar nas mudanças com valorização do trabalho”, esta terceira edição do Congresso da CTB tem como objetivo fortalecer a base dos trabalhadores, e conclamar a unidade da luta sindical. No congresso também deverá ser debatido e aprovado um balanço de mandato, uma análise da conjuntura e um plano de lutas.
Dentre as autoridades que prestigiaram a mesa de abertura, Delaíde Miranda Arantes, ministra do Tribunal Superior do Trabalho; Nádia Campeão, vice-prefeita de São Paulo (representando o prefeito, Fernando Haddad); Gilberto Carvalho, secretário-geral da presidência; Manoel Dias, ministro do Trabalho e Emprego; e Roberto Amaral, vice-presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro; Orlando Silva, do Comitê Central do PCdoB foram unanimes no apoio à luta da CTB.
Para Raimunda Gomes (Doquinha), secretária nacional da mulher trabalhadora da CTB, o congresso começou há três meses, com os congressos nos estados, quando houve a oportunidade de fazer amplos debates do tema central. “Nós tivemos a felicidade de termos escrito a tese antes das manifestações de junho, e ela já apontava para a necessidade de mudanças. Quando surgiram as manifestações no país, nós que estávamos no auge dos debates, aproveitamos para incluir toda essa situação nova”, conta ela.
Orlando Silva, vereador do PCdoB em São Paulo, fez lembrar em sua fala a importância da unidade no contexto político-social atual. “Quem acordou no mês de junho é bem-vindo para continuar nas ruas. A CTB tem o papel de unificar o movimento sindical e os movimentos sociais para garantir mais avanços aos trabalhadores”, disse ele, lembrando as manifestações que tiveram lugar em todo país.
Virginia Barros (Vic), presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), subiu ao púlpito e falou sobre as manifestações de junho e afirmou que o “povo foi às ruas porque temos um sistema político limitado”. Ela comentou ainda a importância da reforma política, como “mãe” de todas as outras reformas, pois “sem isso, nenhum sistema político representa o povo”.
Em sua intervenção, Vagner Freitas, presidente da Central Única de Trabalhadores (CUT), disse que “certamente nenhum companheiro aqui está satisfeito com a atual conjuntura”, mas reconheceu que houve muitos avanços no país nos últimos dez anos. Ao falar dos esforços da CTB na luta pela unidade das centrais ressaltou que “o que nos une é a defesa intransigente da classe operária brasileira”.
Da mesma forma, Manoel Dias, ministro do Trabalho e Emprego, disse acreditar que o congresso da CTB pode “reafirmar a convicção ideológica que originou sua criação. Estamos de sentinela para construir com os sindicatos e as centrais um trabalho que signifique avanços para todos”, completou.Coube ao atual presidente da CTB, Wagner Gomes, o discurso de encerramento do primeiro dia. Ele saudou o público presente e lembrou que a Central só chegou onde está graças ao trabalho de cada um. “A CTB foi fundada para unificar o movimento sindical. Só com unidade teremos condições de enfrentar os desafios que temos”, disse Wagner Gomes. Com ênfase em suas palavras, ele afirmou ainda que a entidade “está de prontidão para as lutas do povo brasileiro”.
O presidente classista reafirmou: “o governo precisa avançar nas mudanças”.
Depois de dois mandatos consecutivos, Wagner Gomes deverá ser secretário-geral da central sindical e deve passar o bastão para Adilson Araújo, após eleição no próximo sábado (24), quando termina o congresso.