Diretores do Sindipetro-NF e categoria petroleira realizam na manhã desta terça, 16, um ato no aeroporto de Farol de São Tomé em lembrança do 32 anos de acidente na plataforma de Enchova. Para o Coordenador do Sindipetro-NF, Marcos Breda, “a tragédia de Enchova deve ser relembrada pelos petroleiros como motivação para a luta que se faz necessária nesse momento. A situação política do país aponta para a entrega a interesses extrangeiros, o sucateamento, a insegurança crônica e a redução de efetivos, ou seja o desmantelamento da Petrobrás e por tabela de toda cadeia produtiva do setor petróleo, com consequências para próprios e contratados. Foi exatamente nesse contexto que os grandes acidentes de Enchova e P-36 aconteceram. Lutar para mudar essa realidade é também lutar pela vida”.
A diretoria orienta que a categoria use o direito de recusa em qualquer situação que não se sentir segura, trata-se de um direito de todos os petroleiros previsto no anexo 2 da NR-30.
Fogo em Enchova
O acidente da plataforma de Enchova, na Bacia de Campos, em 16 de agosto de 1984, matou 37 petroleiros e deixou 19 feridos.
Após uma grande explosão na unidade, durante a operação de abandono da plataforma, uma baleeira (embarcação de emergência) caiu com 50 petroleiros a bordo, causando as mortes e ferimentos.
Para o Sindipetro-NF, ainda que em razão da atuação sindical muitas conquistas tenham ocorrido na área de segurança — como interdições de plataformas e participação em comissões de investigação de acidentes —, o cenário continua a ser trágico nas áreas operacionais do setor petróleo.
A entidade registra com frequencia casos de vazamentos, incêndios, ferimentos, mutilações e mortes.
De acordo com relatório do Departamento de Saúde do sindicato, 138 petroleiros morreram na Bacia de Campos de 1998 a junho de 2016. Destes, 100 eram empregados de empresas privadas do setor petróleo, e 38 eram da Petrobrás.
Fonte: Sindipetro-NF