O ato realizado nesta sexta-feira (25), na portaria da Regap, marca o início de uma mobilização nacional que tem como objetivo envolver a população na luta pelos preços justos dos combustíveis
[Da imprensa do Sindipetro MG]
Mobilização organizada pelo Sindipetro\MG, nesta sexta-feira (25), na portaria da Regap, reuniu, cerca de 350 manifestantes que reafirmaram a bandeira de luta pela vida digna do povo brasileiro. O ato, construído nacionalmente com a FUP e, em Minas, com mais de 25 entidades de movimentos sociais e populares, ecoou a insatisfação com o aumento abusivo dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, fruto da política de preços adotada pela Petrobrás, que prioriza os lucros de seus acionistas, em detrimento do desenvolvimento do país.
Com base nos dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), entre o mês de março de 2021 e março de 2022, o gás de cozinha (GLP) acumulou um aumento de 23,2% superando, inclusive, a inflação do mesmo período, que chegou a 10,4%. De acordo com os dados apresentados pela ANP, no último dia 16 de março, o valor médio gás de cozinha (GLP 13Kg) em Belo Horizonte era comercializado em média por R$112. O preço abusivo do gás de cozinha agrava a crise humanitária vivida no Brasil, jogando milhões de famílias brasileiras à insegurança alimentar e também forçando-as a cozinhar com lenha ou carvão.
Quanto à gasolina e ao diesel, os aumentos acumulados durante os meses de 2021, foram de 64,7% e 68,6%, respectivamente. De acordo com dados coletados na base da ANP, entre os dias 13 e 16 de março, em Belo Horizonte, a gasolina comum era comercializada nos postos da capital por uma média de R$7,48/L, enquanto o óleo diesel era comercializado por uma média de R$6,54/L. Estes aumentos dos combustíveis forçam o preço do frete, encarecendo o preço final de alimentos e outros produtos essenciais para a população.
O petróleo e as refinarias são nossas
O ato realizado nesta sexta-feira (25), na portaria da Regap, marca o início de uma mobilização nacional que tem como objetivo envolver a população na luta pelos preços justos dos combustíveis. Essa é uma luta que tem que ser ampliada e mantida até que a Petrobrás retome a sua função social, abandonando essa política de preço baseada no valor internacional do barril de petróleo.
“Esse foi um ato em repúdio a essa gestão bolsonarista da Petrobrás, que prioriza o lucro dos acionistas a partir do sofrimento da população. Nós estamos cobrando que a empresa reduza o preço do gás de cozinha, da gasolina e do diesel” afirma Alexandre Finamori, coordenador geral do Sindipetro/MG.
O fim da dolarização dos combustíveis também foi uma reivindicação do ato. “Nós produzimos a gasolina e o diesel a partir do petróleo brasileiro. 95% do petróleo utilizado na Regap é brasileiro, que tem o custo de produção de 7 dólares. Mas por causa da atual política de preço, o valor final ultrapassa os 100 dólares. O Brasil tem condições de extrair e refinar o petróleo para atender o mercado interno e praticar um preço justo!” conclui o coordenador geral do sindicato.
Além da categoria petroleira e de seus representantes, estiveram presentes na construção do ato o Sindimetro, Sindirede BH, Frente Brasil Popular Contagem, CSP Conlutas, Secretaria de Mulheres do PT-Salinas, PT-BH, Federação dos Metalúrgicos, MAB, UP, Esquerda Diário, Sindieletro, Movimento Brasil Popular, Federação dos Metroviários, Faísca, UEE, MLB, MST, CUT, MTD, SindUTE, PT-Betim, MTS e Levante Popular da Juventude