O Sindipetro Bahia realizou na manhã desta quinta-feira (07) ato em frente à sede da Petrobrás, no Itaigara, para denunciar a 4ª rodada de licitação de blocos do Pré-Sal.
Estão sendo leiloadas quatro áreas nas bacias de Campos e de Santos: Itaimbezinho, Três Marias, Dois Irmãos e Uirapuru. Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), as áreas possuem reservas de cerca de 14 bilhões de barris de petróleo, o que gerou interesse de 16 empresas (14 delas, estrangeiras).
Além de realizar diálogo com os petroleiros, a mobilização teve o objetivo de levar o tema à sociedade, para que entenda o que está acontecendo com essa grande riqueza que é o Pré-Sal brasileiro. A discussão vem sendo bem aceita pela população, que manifestou apoio ao ato. “O povo já está entendendo que a culpa do aumento abusivo dos preços do gás de cozinha e combustíveis é do governo Temer e, agora, precisa compreender a importância do Pré-Sal para o Brasil, para a nossa soberania”, afirmou o diretor de Comunicação do Sindipetro Bahia, Ivo Saraiva.
Greve por tempo indeterminado
“Infelizmente, quatro áreas gigantescas e estratégicas para o país estão sendo entregues hoje a petrolíferas estrangeiras”, lamentou o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar. “A atual gestão da empresa está desvalorizando os ativos e as riquezas do país, que estão sendo praticamente entregues. Nesse leilão, por exemplo, cada barril de petróleo custará R$0,23”.
Deyvid explicou que “esse ato de hoje é mais um que vem se somar a inúmeros outros que os petroleiros vêm realizando nacionalmente para denunciar e chamar a atenção da população para o desmonte e privatização dessa grande empresa, que é a Petrobrás. Já realizamos uma greve, que junto com a greve dos caminhoneiros, resultou na demissão de Parente e a qualquer momento vamos deflagrar uma greve por tempo indeterminado”.
O presidente da CUT Bahia, Cedro Silva, ressaltou a construção de uma greve geral que já está sendo organizada. “No dia 10 de agosto, por exemplo, convocaremos para o Dia Nacional do ‘Basta’, porque ninguém aguenta mais tanto arrocho e desemprego”.
Para Franklin Silva, diretor do Sindipetro, os trabalhadores da base devem intensificar a sua participação nos atos e mobilizações propostos pelo sindicato. “Precisamos defender as riquezas do nosso país e também os empregos. A responsabilidade dessa luta não pode ser apenas dos sindicatos e da FUP”.
Estavam presentes ao ato representantes da FUP, CUT, CTB, CSP Conlutas, Levante Popuçar da Juventude, Frente Brasil Popular, Sinposba, Sindae, Sintercorba e Sindipetro Amazonas.
[Via Sindipetro Bahia]