[Foto Sindipetro BA]
Defender a Petrobrás é defender a sociedade brasileira e ninguém pode ficar de braços cruzados em um momento como este, em que a Companhia está sendo desmembrada e perdendo sua força e seu papel social, alertou o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar.
Sob o sol forte da primavera da Bahia, cerca de 3 mil pessoas ocuparam o centro da cidade de Salvador, na manhã do sábado, 03/10, para dizer não aos ataques sofridos pela Petrobrás e às ameaças de privatização através da venda de ativos da empresa.
O protesto, realizado no dia em que a Petrobrás completa 62 anos de existência, foi também em defesa da democracia e por uma nova política econômica para o Brasil. Diretores do Sindipetro Bahia, vestidos com blusas ou jalecos na tonalidade laranja- a mesma cor do uniforme utilizado pelos trabalhadores do Sistema Petrobrás, explicaram à população a importância da companhia para a garantia da continuidade do desenvolvimento do país.
Convocada pela Frente Brasil Popular, a mobilização, que aconteceu também em outras capitais, reuniu trabalhadores de categorias distintas, diversos sindicatos a exemplo do Sindipetro, Sindiquímica, Sindae, Sindipec e Rodoviários, Metalúrgicos e Bancários. Estavam presentes também representante do Levante Popular da Juventude, UNE, Marcha Mundial das Mulheres, Consulta Popular, MST, UJS, APLB, MSTS. Além de centrais sindicais como a CUT e a CTB.
Durante o ato do sábado, 03/10, o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, lembrou que a Petrobrás sofre ataques desde a sua criação em 1953 e também desde esta época, os trabalhadores, movimentos sociais e sociedade civil organizada travam lutas em defesa desta grande empresa. Ele citou a campanha “O Petróleo é Nosso” e a grande greve realizada em 1995 pelos petroleiros no governo de FHC, que queria privatizar a empresa e trocar o seu nome para Petrobax.
Deyvid alertou a população para que fique atenta às tentativas da direita e de parte do empresariado de entregar a Petrobrás e o pré-sal às multinacionais. “O jogo é pesado e temos contra nós um Congresso conservador e entreguista. Mais de 30 mil pessoas já foram demitidas no Sistema Petrobrás e isto tem afetado a economia dos municípios, pois a riqueza deixa de ser gerada”, lamenta.
Para o diretor financeiro do Sindipetro Bahia, André Araújo, ao ocuparem as ruas os movimentos sociais estão demonstrando a importância da Petrobrás e o que significa para a sociedade a venda dos ativos da companhia, ou seja, o aumento considerável do desemprego e a redução dos investimentos em educação e saúde se o pré-sal for entregue aos estrangeiros.
O diretor jurídico do Sindipetro, Jairo Batista também acredita que a população está começando a despertar “para o perigo que nos ronda” e os atos e mobilizações em defesa do Sistema Petrobrás devem se intensificar. O presidente da CUT Bahia, Cedro Silva, conclamou a todos para que continuem ocupando as ruas em defesa da Petrobrás, do Brasil, da democracia e do povo brasileiro.
O ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, que participou da caminhada que saiu do Campo Grande em direção à Praça Castro Alves, afirmou que “temos uma das maiores riquezas descobertas, que é o pré-sal, e a Petrobrás é chave para acelerar o desenvolvimento do país, a companhia tem um papel fundamental na cadeia de suprimentos do Brasil e pode gerar milhões de postos de trabalho na indústria naval, na indústria mecânica e ainda há os recursos que serão repassados para a educação e a saúde, através da exploração do pré-sal”.
O diretor da FUP, Leonardo Urpia, parabenizou a categoria petroleira que tem implementado uma luta grandiosa em defesa da empresa, ao ponto de priorizar UMA pauta PELO BRASIL. Ele também falou sobre os avanços conquistados como a retirada do PLS 131, de autoria do senador José Serra, que visa entregar o pré-sal ao capital estrangeiro, do regime de votação de urgência no Senado.
Fonte- Imprensa Sindipetro Bahia