A gestão Pedro Parente prepara um novo feirão de ativos da Petrobrás. Em conversa com jornalistas, após participar de um encontro com investidores na Bolsa de Valores, em São Paulo, ele anunciou que a queima de estoques abrangerá mais 30 ativos da empresa e que espera vender metade deles nos próximos três meses e o restante até o final do ano.
“Nos próximos meses, até o final do ano, estamos prevendo em torno de 30 oportunidades de parcerias e desinvestimentos, sendo que temos metade prevista para os próximos três meses”, afirmou Parente, que continua tocando a pleno vapor a privatização da Petrobrás, apesar do governo ao qual responde estar mergulhado até o pescoço em crimes de corrupção.
Com o barril do petróleo valendo a metade do que valia há três anos, o desmonte da estatal interessa, e muito, às multinacionais, que estão se apropriando a preço de banana de campos de petróleo e gás, redes de gasodutos, sondas de perfuração, usinas de biodiesel e vários outros ativos da petrolífera brasileira.
A área de petroquímica e o refino são as próximas a serem entregues por Pedro Parente, que voltou a defender a abertura do controle as refinarias brasileiras para o setor privado. “Creio que em um mês e meio a gente possa estar divulgando a modelagem. Não é uma promessa firme, mas estamos trabalhando para isso. Realmente precisamos começar o processo propriamente dito de botar essa carruagem na rua”, declarou.
De carruagem em carruagem, a Petrobrás, que era a locomotiva da economia brasileira, vai sendo desmantelada, enquanto o governo ao qual Pedro Parente serve se atola em crimes de corrupção.
Se já não tinham a legitimidade das urnas para alterarem os rumos da maior empresa do país, agora menos ainda. Nesta quinta-feira, 08, os petroleiros junto com os movimentos sociais realizam um ato político em frente à sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro, para exigirem a saída imediata de Pedro Parente do comando da empresa e a anulação de todas as medidas de sua gestão.
FUP, com informações da Folha e Época