Empresa mata mais um trabalhador, tenta acobertar falhas na política de SMS e impede a FUP…
Imprensa da FUP
Este foi o primeiro acidente fatal de 2009, mas, infelizmente pode não ser o único. No decorrer dos últimos anos, a política de (in) segurança Petrobrás tem assassinado, em média, mais de um trabalhador por mês, prova contundente de que a política de SMS – elaborada no período do tucanato – está falida e necessita ser urgentemente alterada.
Na segunda-feira, um dia após o acidente, o diretor de Saúde da FUP, Simão Zanardi, denunciou em matéria ao jornal O Estado de S.Paulo (para ler a matéria acesse o endereço http://www.estadao.com.br/economia/not_eco302838,0.htm) que o acidente na Plataforma “já estava mais do que anunciado”, pois a P34 há um ano vive em manutenção permanente. O Sindipetro-ES já havia e encaminhado ofício à Petrobrás alertando para a necessidade de a plataforma ser encostada em um estaleiro para a manutenção. Mas o lucro falou mais alto, novamente.
Sentença de morte
Segundo o diretor Simão, não houve falha na válvula, como a empresa anunciou, “houve erro na APR [Análise Preliminar de Risco], que orientou o caldeireiro a fazer o serviço morreu esmagado, com afundamento de crânio, pulmão e fraturas múltiplas”.
Após essa tragédia, a atitude da Petrobrás e do diretor de EP foi sonegar informações à sociedade e impedir que Simão Zanardi entrasse na Plataforma, em completo desrespeito à representação sindical.
Criminalização
Enquanto gerentes e diretores da Petrobrás não forem processados criminalmente pouca coisa mudará na política de segurança da empresa, porque para esses senhores da morte, o lucro é mais importante do que a vida. A FUP está estudando quais medidas podem ser tomadas para acionar judicialmente os responsáveis pelos acidentes.
Não dá mais para se esconderem atrás de argumentos de que contratam o serviço e a gata terceirizada é a responsável pelo treinamento dos trabalhadores e pela prevenção de acidentes. Diretor de EP, você consegue dormir tranquilo sabendo que foi alertado para os riscos que a Plataforma corria? Se sua ética fosse tão grande quanto a ganancia para dar lucro para a Petrobrás, você teria tomado atitudes preventivas, não tendo tomado, teria aberto todas as informações para a sociedade e permitido que dirigentes da FUP acompanhassem o processo de investigação.
Mentiras, arrogância, má-fé e irresponsabilidade são ingredientes certos para o caldeirão de morte que se tornaram os locais de trabalho da Petrobrás.