Assembleias reforçam mobilizações contra o desmonte do ACT e da Petrobrás

Foto: Sindipetro RS

Os trabalhadores do Sistema Petrobrás concluíram nesta terça-feira, 02, as assembleias nas bases da FUP e aprovaram o indicativo de mobilizações permanentes durante a campanha do Acordo Coletivo de Trabalho, exigindo da gestão da empresa avanços no processo de negociação e um basta às tentativas de retirada de direitos e ataques à liberdade sindical. Os atos debatidos pelos sindicatos com os trabalhadores nas assembleias já começam esta semana. Veja abaixo o calendário de luta.

Os petroleiros também referendaram o manifesto da categoria em defesa das eleições e da democracia. Os indicativos foram aprovados por unanimidade na maioria das assembleias, sob forte sentimento de indignação dos trabalhadores com a segunda contraproposta apresentada pela Petrobrás e que foi rejeitada pelo Conselho Deliberativo da FUP no dia 20 de julho.

A FUP tornou a cobrar da Gerência de Recursos Humanos a apresentação de uma nova contraproposta e a retomada imediata das negociações, com a realização de reuniões temáticas para buscar os avanços que a categoria tanto espera. O objetivo é que esses encontros sejam em modo online e aconteçam o quanto antes, com a presença dos dirigentes sindicais que já vêm discutindo com a empresa questões relativas à AMS, ao Banco de Horas, à HETT/Tabelas de Turno, ao Teletrabalho, à SMS, entre outros temas da campanha reivindicatória.

“A categoria mostrou nas assembleias a revolta com a manobra da gestão da Petrobrás de tentar enrolar o processo de negociação, apresentando duas contrapropostas que são mais do mesmo, enquanto ameaça os trabalhadores de aplicar a CLT se o Acordo não for fechado até o final de agosto. Não admitimos chantagens, nem intimidações. Os petroleiros estão em estado de greve e mobilizados contra os ataques aos direitos da categoria e contra as manobras do governo para privatização da Petrobrás”, afirma o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.

Ele ressalta ainda que a categoria petroleira está ansiosa “aguardando o dia 2 de outubro de forma ativa para dar uma resposta a esse governo, também, nas urnas”, e lembra que a greve por tempo indeterminado, caso o governo Bolsonaro apresente um projeto de privatização da Petrobrás no Congresso Nacional, já foi aprovada nas assembleias anteriores.

Atos e paralisações

Conforme aprovado pelo Conselho Deliberativo, a FUP realizará atos conjuntos com a FNP ao longo da campanha reivindicatória e em defesa do Sistema Petrobrás e da soberania. As mobilizações já começam esta semana, com ato sexta-feira, 05,  na RPBC. A categoria petroleira tem também participado ativamente dos atos por democracia e pela reconstrução do país, se organizando em comitês populares de luta junto com os sindicatos e movimentos sociais.

Agosto

05/08  – Ato às 07h na RPBC e UTE (Cubatão/São Paulo)
11/08 – Ato às 07h na REPLAN (Paulínia/São Paulo)
11/08 – Atos em Defesa da Democracia, às 11h, no Largo de São Francisco, e às 16h na Avenida Paulista, em frente ao MASP (São Paulo)
12/08 – Ato às 11h no EDISEN (Rio de Janeiro)
16/08 – Ato às 7h na REPAR (Araucária/Paraná)
17/08 – Ato às 7h na SIX (Paraná)
19/08 – Ato às 7h na REFAP (Rio Grande do Sul)
23/08 – Ato às 7h na REVAP (São José dos Campos/São Paulo)
24/08 – Ato às 7h na REDUC (Duque de Caxias/Rio de Janeiro)
25/08 – Ato no Norte Fluminense (Rio de Janeiro)

Setembro

07/09 – Grito dos Excluídos
10/09 – Ato Nacional em Defesa da Democracia

ACT Petrobrás: FUP cobra retomada imediata da negociação

Documento enviado ao RH em 29 de julho:

DNE 046.2022 - ACT 2022

Documento enviado ao RH em 20 de julho:

DNE 044.2022 - Mesas de Negociação – 2ª rodada – ACT 2022