Rejeitar a segunda contraproposta apresentada pela Petrobrás e intensificar as paralisações surpresa …
Imprensa da FUP
Rejeitar a segunda contraproposta apresentada pela Petrobrás no dia 20 e intensificar as paralisações surpresa que estão sendo divulgadas às vésperas do movimento. Estes são os principais indicativos da direção da FUP, seguindo a estratégia de campanha definida pelo Conselho Deliberativo. As assembléias tiveram início na quarta-feira, 21, e prosseguem até o dia 29 de outubro.
A contraproposta da empresa já foi rejeitada na Regap (MG), na Reman (AM) e nas bases do Rio Grande do Norte. Em Duque de Caxias, as assembléias começaram nesta sexta-feira, 23, e já estão apontando a rejeição por unanimidade, tanto na Reduc, quanto no Terminal de Campos Elíseos. Nas plataformas da Bacia de Campos, as assembléias começam nesta sexta à noite e nas bases do Unificado-SP, no domingo, 25. Nos demais sindicatos, as assembléias serão realizadas ao longo da semana.
Em menos de um mês, a Petrobrás teve a coragem de apresentar à categoria duas contrapropostas inaceitáveis, ignorando a pauta dos trabalhadores. Além de não propor nada em relação ao cancelamento das punições, a empresa sequer se dignou a responder as principais reivindicações sociais, seja em relação à ampliação dos benefícios ou à melhoria das condições de trabalho. O RH está tratando um acordo de dois anos, que é estratégico para os petroleiros, como se fosse algo meramente econômico.
A FUP já deixou claro que não assinará o acordo, enquanto houver trabalhadores punidos em função da greve de março. Além disso, é inadmissível que a Petróbrás tente atropelar, deliberadamente, a pauta de reivindicações da categoria, justamente em um momento em que apresenta resultados excepcionais e está prestes a crescer muito mais ainda com a exploração do pré-sal.
Os resultados das assembléias e das paralisações surpresa, assim como os encaminhamentos tirados nos seminários de qualificação de greve, servirão de base para o Conselho Deliberativo da FUP, que reúne-se nos dias 04 e 05 de novembro, em Brasília. O Conselho irá deliberar sobre as próximas estratégias de ação na campanha reivindicatória, inclusive a construção de uma greve nacional, para buscar na luta o atendimento das principais reivindicações dos trabalhadores.