Assembleias estão aprovando greve a partir de quinta-feira, 17

FUP

Os trabalhadores da Petrobrás e subsidiárias estão rejeitando a proposta apresentada pela empresa e aprovando greve por tempo indeterminado a partir de quinta-feira, 17. As assembleias já foram concluídas no Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba, com aprovação massiva dos indicativos da  FUP. Na Bahia (foto acima) e no Amazonas, as assembleias terminam nesta terça-feira, 15, com mais de 85% dos votos favoráveis à greve.

Nos demais estados do país, as assembleias prosseguem até quarta-feira, 16, com os petroleiros aprovando a greve nas bases do Rio Grande do Sul, Paraná/Santa Catarina, Unificado do Estado de São Paulo (foto abaixo), Minas Gerais, Norte Fluminense (as assembleias já foram concluídas nas plataformas, com aprovação da greve, mas faltam as bases de terra), Duque de Caxias e Espírito Santo. No Ceará, os trabalhadores estão rejeitando a proposta da Petrobrás e deliberando por aguardar até o dia 17 para avaliar a greve dentro do quadro nacional.

Além de avanços na campanha reivindicatória, os petroleiros exigem a suspensão imediata do leilão de Libra, que está previsto para acontecer no próximo dia 21, e lutam para barrar o Projeto de Lei 4330, que sob o pretexto de regulamentar a terceirização, piora consideravelmente as condições de trabalho e ataca direitos históricos da classe trabalhadora.

A greve será deflagrada a partir da zero hora de quinta-feira, 17, em resposta aos gestores da Petrobrás, que, após dois meses de enrolação, apresentaram uma proposta que não contempla as principais reivindicações da categoria. Os trabalhadores querem avanços em pontos fundamentais da pauta, como os listados abaixo, entre outras reivindicações destacadas pela FUP nas rodadas de negociação:

·         Saúde e segurança

·         Fundo garantidor para os trabalhadores terceirizados

·         Avanço automático de Pleno para Sênior, entre outras melhorias do PCAC

·         Regimes e jornadas de trabalho

·         Ganho real de 5%

·         Horas extras de todos os feriados trabalhados no turno (extraturno)

·         Hora extra a 100% para os trabalhadores da manutenção (regime administrativo)

·         Ampliação do benefício farmácia para os aposentados e avanço nos demais benefícios

·         Extensão para os aposentados e pensionistas dos níveis concedidos pela Petrobrás aos trabalhadores da ativa nos Acordos Coletivos de 2004, 2005 e 2006

·         Direito do trabalhador poder optar entre receber o tíquete refeição ou o auxílio alimentação

·         Combate ao assédio moral, entre outras reivindicações do Coletivo de Mulheres Petroleiras da FUP

Luta conjunta com os trabalhadores terceirizados

É fundamental que a partir de quinta-feira, 17, a greve dos petroleiros seja um movimento forte e unificado em todo o Sistema Petrobrás, envolvendo os trabalhadores próprios e  terceirizados. O resultado dessa mobilização será decisivo não só para a atual campanha reivindicatória, como para todas as próximas que virão.

O leilão de Libra e o Projeto de Lei 4330 colocam em risco a soberania e o desenvolvimento do nosso país, mas também direitos e condições de trabalho na indústria de petróleo. Ao liberar a terceirização de atividades fim e acabar com a responsabilidade solidária das empresas contratantes, o PL 4330 deixa totalmente expostos os trabalhadores aos calotes das prestadoras de serviço e precariza ainda mais as condições de trabalho.

Mais do que nunca é preciso pressionar a Petrobrás a implementar o fundo garantidor. Portanto, é a capacidade de mobilização da categoria e a unidade entre petroleiros próprios e terceirizados que apontarão os rumos da campanha reivindicatória.