CUT
Dirigentes da CUT e sindicalistas debateram estratégias de luta por um novo modelo de desenvolvimento, com trabalho decente e preservação ambiental
Sindicalistas e ativistas sociais lotaram o auditório do Sindicato dos Bancários do Rio na tarde desta segunda (14), para discutir as possibilidades de participação do movimento sindical cutista na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que acontece em junho no Rio. Na ocasião, o presidente nacional da central, Artur Henrique, e o secretário de Relações Internacionais, João Felício, avaliaram a conjuntura nacional e internacional da luta pela preservação do meio ambiente, deram informes sobre as atividades da CUT durante a Rio+20 e debateram a plataforma ambiental da CUT. Também participaram da mesa da assembleia o presidente da CUT-RJ, Darby Igayara, o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Almir Aguiar, e da dirigente nacional da CUT, Lúcia Reis.
A convergência de ideias e a defesa de um outro modelo de crescimento econômico, com trabalho decente e preservação ambiental, marcaram o evento. Artur criticou igualmente a plataforma capitalista da economia verde e a defesa, por alguns movimentos sociais, de paralisação do crescimento econômico. “Não podemos continuar nesta situação. É precisamos alterar o modelo de desenvolvimento, produção e consumo. Mas como não dá para dividir igualmente entre todos os seres humanos toda a riqueza produzida até hoje no mundo , não podemos simplesmente parar o crescimento”.
João Felício foi pelo mesmo caminho. Segundo ele, “a CUT quer preservar a Amazônia e todo o meio ambiente, mas também quer um trem de alta velocidade ligando as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro para desafogar o trânsito de toda esta região”. Felício também criticou a postura de alguns governos neoliberais que não aceitam incluir na plataforma das Nações Unidas nenhum item que caracterize algum avanço para os trabalhadores. Entre os sindicalistas e ativistas que participaram do debate e também apresentaram suas ideias e propostas a convergência permaneceu. Críticas ao novo Código Florestal, com os devidos pedidos de veto à presidenta Dilma, ao caos no trânsito do Rio e demais capitais do país, à privatização do petróleo e ao atraso na política de biocombustíveis do governo foram recorrentes entre os diversos oradores da assembleia.
O próximo desafio é mobilizar os trabalhadores para participar das atividades da Rio+20, sobretudo da Cúpula dos Povos, evento paralelo organizado pela sociedade civil como uma alternativa crítica à conferência da ONU. Todos serão informados pelo site da CUT-RJ e pelos e-mails informados na lista de presença sobre as próximas reuniões e plenárias.