Assédio e truculência das gerências na Bacia de Campos

Gerentes fazem represália às denúncias do Sindipetro-NF e da FUP sobre as condições inseguras das plataformas…





Imprensa da FUP

Em represália às denúncias do Sindipetro-NF e da FUP sobre as condições inseguras das plataformas da Bacia de Campos, os gestores da Petrobrás resolveram partir para o ataque e, de forma arbitrária e truculenta, impediram os dirigentes sindicais de conversarem com os trabalhadores durante os embarques e desembarques no Aeroporto de Macaé. A ação truculenta causou indignação a todos que presenciaram no último dia 09 as cenas de autoritarismo no saguão do aeroporto. Os gestores da Petrobrás determinaram aos seguranças que retirassem à força os sindicalistas do local, onde, há mais de vinte anos, reúnem-se com os petroleiros para mantê-los informados e mobilizados em relação às pautas e calendários de luta da categoria.

Além da truculência e ações antissindicais, as gerências da Bacia de Campos têm tentado intimidar e assediar os trabalhadores para desmobilizar a luta da categoria por condições seguras de trabalho. Segundo o Sindipetro-NF, a Petrobrás embarcou esta semana um enorme contingente de gerentes nas diversas plataformas da UN-BC. Também no último dia 07, os petroleiros da P-33, que foi interditada, foram convocados pelas gerências para uma "conversa", no mínimo, suspeita. Eles deveriam embarcar em Campos, mas tiveram o vôo cancelado e foram obrigados a seguir para a sede administrativa da Petrobrás em Macaé, onde os prepostos da empresa os aguardavam. Os trabalhadores são os mesmos que estavam a bordo da P-33 no início de agosto, durante a assembléia que denunciou as condições precárias da plataforma. Eles relataram que houve um tom de assédio na "conversa" dos gerentes, com afirmações do tipo "vocês deveriam ter falado com a gente, não com o sindicato".