Após o anúncio do indicativo de greve na Transpetro, a gerência do Terminal de Cabiúnas, em Macaé, começa a adotar práticas antissindicais e de tentativa de coagir os trabalhadores. Um grupo de petroleiros está sob ameaça de punição por ter participado da greve do dia 24 de julho, e pelo menos um diretor do Sindipetro-NF, Claudio Nunes, que é lotado na base, teve o crachá bloqueado para acesso ao Tecab.
“Hoje pela manhã, quando fui entrar na base para fazer o meu exame periódico, vi que o meu crachá estava bloqueado. Depois de muito embate, fui liberado para entrar duas horas depois. A justificativa que deram é que estamos em estado de greve, por isso sindicalistas estão bloqueados”, disse Nunes.
Dentro do terminal, o diretor do NF foi informado de que trabalhadores do grupo C, que participaram da greve de ocupação no terminal, estavam sendo chamados para tomarem ciência de que seriam punidos com advertência por escrito — o que suspende, por exemplo, a possibilidade de avanços de nível e promoções.
Nunes entrou em contato com a gerência para protestar contra as punições. Em razão dessa intervenção, a notificação foi, por enquanto, adiada, mas não há garantia formal da empresa de que elas não serão aplicadas. O sindicato permanecerá atento e, se necessário, tomará medidas jurídicas e de mobilização para defender os grevistas.
“Não vamos aceitar nenhum tipo de intimidação por exercermos um direito básico como o de greve”, protesta Nunes.
Fonte: Sindipetro NF