Após três paralisações, terceirizados arrancam várias conquistas na Replan

Cerca de doze mil operários terceirizados da Replan saíram vitoriosos da campanha salarial





CUT

 
 

Sob o comando do Sindicato dos Trabalhadores da Construção e da Montagem de Campinas, cerca de doze mil operários terceirizados da Refinaria de Paulínia (Replan) saíram vitoriosos da campanha salarial, com várias vitórias no acordo coletivo, incluindo reajuste de 9% -aumento real de 4% – e a inédita PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 1.000,00.

 

Para o êxito da campanha foram necessárias três paralisações na parada (realizada para ampliação e cuidado das instalações), na manutenção geral e nas obras da unidade da Petrobrás. O Sindicato denuncia que a direção da Petrobrás interviu negativamente em prol das empresas, ao afirmar à Justiça que a corriqueira atividade de parada de manutenção era essencial. “Isso possibilitou que as construtoras entrassem com pedido de liminar para fazer com que o Sindicato liberasse metade da mão de obra para o trabalho ou pagasse multa diária de R$ 20 mil. Ou seja, embora tenhamos conseguido um bom aumento e avanços em várias cláusulas, como a PLR, que não havia antes, sem a intervenção descabida da Petrobrás poderíamos ter conquistado ainda mais”, declarou Amilton Mendes, diretor do Sindicato. Para várias funções, ressaltou, o reajuste salarial chegou a 15,55%.

MELHORIAS – Entre outros avanços, os operários garantiram aumento no vale alimentação de R$ 200,00 para R$ 270,00 (35%), cesta natalina de R$ 70,00, a unificação de todos os salários da área – equiparados ao da empresa que melhor remunera; folga de campo (três dias de descanso remunerado) coincidindo com o final de semana e reembolso da passagem para quem mora a mais de 200 quilômetros da obra; além de convênio médico e odontológico nacional para todos os novos contratados e regional para os antigos.