Após pressão do sindicato, Transpetro fará testagem quinzenal

Empresa não havia definido política de avaliações em massa até o mês passado

Transpetro estabeleceu modelo de avaliação dos trabalhadores nas unidades da empresa (Foto: Agência Brasil)


Por Luiz Carvalho

A Petrobrás definiu na última sexta-feira (16) que os terminais da Transpetro passarão a realizar testagens em massa quinzenais.

A mudança em relação à avaliação que vinha sendo praticada mensalmente é uma resposta às reivindicações dos petroleiros e terá como base o teste de antígeno para Covid-19. O método é mais rápido do que os demais exames disponíveis e de maior assertividade em pacientes com carga viral elevada e na fase sintomática inicial.

Até março deste ano, a Transpetro não possuía o mesmo protocolo de avaliações das refinarias e terminais. Para o diretor do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro-SP), Felipe Grubba, a medida é indispensável no momento em que o Brasil registra 373 mil mortes, 88.350 delas no estado de São Paulo.

Além disso, destaca, é necessário que exista um maior investimento em equipamentos de segurança. “A testagem em massa não é uma opção, mas uma obrigação para que não tenhamos mais companheiros e companheiras perdendo a vida no Sistema Petrobrás. Além disso, cobramos em reunião nesta segunda-feira (19) as gerências locais que, apesar de não haver uma orientação da empresa neste sentido, estão comprando máscaras N95 (também chamadas de PFF3)”, apontou.

Exames periódicos

Durante o encontro, Grubba apontou que também foi discutida a estrutura oferecida pela Transpetro para os exames periódicos.

A empresa que prestava esse serviço ficava em São Bernardo do Campo, região da Grande São Paulo, o que dificultava o deslocamento para quem atua em unidades como Guararema, Barueri, Guarulhos e Paulínia.

Porém, a distância era compensada com o atendimento de qualidade. Mas, após a venda da clínica, o serviço piorou muito e fez com que os petroleiros descobrissem um detalhe que dificulta a parceria com unidades próximas às regiões onde atuam os trabalhadores.

“Descobrimos que a Transpetro não tem contrato oficial para esse tipo de trabalho, a clínica recebe por demanda e isso faz com que muitas deles não aceitem atender e a dificuldade em credenciar outras clínicas seja muito maior”, critica o dirigente.