Após mobilizações dos metalúrgicos do ABC, montadoras reabrem negociações

Após o impacto das mobilizações nas fábricas que já duram uma semana…





Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Após o impacto das mobilizações nas fábricas que já duram uma semana, o grupo das montadoras, representado pelo Sinfavea, decidiu reabrir as negociações para discutir o índice de reajuste salarial dos metalúrgicos. O grupo chamou os sindicatos para um reunião amanhã (15), às 14h, em São Bernardo do Campo. 

Nesta segunda-feira (13), cerca de 13 mil trabalhadores em montadoras (Volkswagen, Ford e Mercedes-Benz) de São Bernardo do Campo participaram de assembléias e protestos, que incluíram paralisações. Os atos, seguidos de protestos e passeatas internas, paralisaram a produção das 5h15 às 10h, período que variou em cada fábrica.

Os metalúrgicos das montadoras do ABC estão em estado de greve desde sábado, por decisão unânime de assembléia realizada pelo no Sindicato na qual foi rejeitada proposta das empresas de 7% de aumento salarial para a categoria. Ontem (13), foi entregue ao Sinfavea (sindicato que representa as indústrias de automóvel) comunicado de greve. O documento informa que, após 48 horas, os trabalhadores poderão entrar em greve geral por tempo indeterminado.

SÓ FALTAM MONTADORAS E G10 – Além do grupo das montadoras, o Grupo 10 (lâmpadas, prensas, equipamentos odontológicos, iluminação entre outros) também não apresentou proposta. Nos demais grupos: G2 (máquinas, aparelhos elétricos e eletrônicos) Fundição, G3 (autopeças) e G8 (trefilação, laminação de metais ferrosos, refrigeração etc.), o sindicato conquistou 9% de aumento salarial. É o maior aumento real obtido pela categoria nos últimos dez anos – representa mais que o dobro da inflação acumulada no período, 4,29%.

A base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tem 101,4 trabalhadores, desse total mais de 32 mil trabalham nas cinco montadoras (Volkswagen, Mercedes-Benz, Ford, Scania e Toyota) de São Bernardo do.  Somados ao G10, são, no total, mais de 40 mil metalúrgicos à espera de proposta e em estado de greve na base.