Após intensa mobilização dos trabalhadores, Braskem encaminha proposta de pagamento da cláusula quarta

Depois de cinco dias acampados no pátio da Braskem UNIB, no Polo de Camaçari, na Bahia…












Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia

Depois de cinco dias acampados no pátio da Braskem UNIB, no Polo de Camaçari, na Bahia, os trabalhadores com direito à cláusula 4ª alcançaram uma vitória: a Braskem encaminhou ao Sindicato dos Químicos/Petroleiros (BA) uma proposta para o pagamento da cláusula 4ª. Para dar andamento à questão deste passivo trabalhista, que está há mais de 20 anos na justiça, o Sindicato dos Químicos/Petroleiros (BA) está convocando todos os trabalhadores da ativa, aposentados e demitidos, com direito à cláusula 4ª, para participar de uma assembleia, que acontece amanhã (31), às 9h, no Museu de Ciência e Tecnologia, localizado na Avenida Jorge Amado, s/nº, Boca do Rio.

O movimento no pátio da Braskem teve inicio no dia 15/07 e os trabalhadores permaneceram no local até o dia 19/07, mesmo debaixo de frio e chuva. O movimento foi pacifico e só foi concluído quando a Braskem encaminhou uma proposta ao Sindicato. No mês de junho foram realizadas várias reuniões para chegar a um acordo sobre uma proposta, mas a Braskem, sem dar explicações, voltou atrás, criando o impasse.  A falta de palavra da Braskem revoltou os trabalhadores e a Entidade.

O processo da cláusula 4ª tramita no Plenário do STF, em Brasília, e entrou na pauta da sessão desta segunda-feira, dia 02, para julgamento. No dia 03 de março, o órgão deu um prazo de 90 dias para que os sindicatos laboral e patronal chegassem a um entendimento sobre a questão. O prazo foi solicitado pelo Ministro Ricardo Lewandowski, que havia pedido vistas do processo, desde o dia 23/11/2007. O Ministro justificou o pedido alegando que as partes já estavam em entendimento.

Atualmente o placar da cláusula quarta está 2×1 favorável aos trabalhadores. O Ministro Marco Aurélio Mello proferiu um voto primoroso, no qual recuperou toda a história do processo, acompanhando a posição do Relator, Ministro Sepúlveda Pertence, que também deu um voto memorável em favor dos trabalhadores. Em contrapartida, o Ministro Gilmar Mendes deu voto contrário ao trabalhador.