FUP
Os trabalhadores do Sistema Petrobrás realizaram uma greve nacional por 24 horas, cobrando da empresa regras claras, democráticas e justas para o provisionamento e pagamento dos lucros e resultados construídos pela categoria. A greve foi convocada pela FUP e seus sindicatos e contou com intensa participação dos petroleiros, tanto nas unidades operacionais, como nas administrativas.
Na quarta-feira, 30, a FUP e seus 12 sindicatos voltam a se reunir para avaliar a greve e discutir os próximos indicativos a serem dados aos trabalhadores. Os sindicalistas não descartam a realização de uma greve por tempo indeterminado, caso não haja avanços nas negociações com a Petrobrás e o governo.
A greve nacional dos petroleiros começou na tarde de domingo, 27, com o corte da rendição nos turnos da Recap (Mauá/SP) e da Repar (Paraná). Às 23 horas, foi a vez dos trabalhadores da Refinaria de Manaus (Reman) aderirem a greve. Nas demais unidades da Petrobrás e subsidiárias, a greve convocada pela FUP teve início à zero hora desta segunda-feira, 28, e seguiu forte até a meia noite, unificando os petroleiros na luta por uma PLR justa e democrática. Na Bahia, os petroleiros iniciaram a greve na noite de segunda e prosseguem paralisados até o final desta terça-feira, 29.
O impasse em torno da PLR
Desde meados de dezembro, os petroleiros estão mobilizados, cobrando da Petrobrás a negociação dos valores integrais da PLR 2012, para impedir que a empresa continue definindo de forma unilateral o provisionamento, como tem feito nos últimos anos, sem qualquer negociação com a categoria. Os trabalhadores querem regras e critérios transparentes, democráticos e justos.
A proposta de adiantamento da PLR que foi apresentada pela Petrobrás no início de dezembro foi massivamente rejeitada pela categoria. Os trabalhadores não aceitam que a empresa mantenha os dividendos dos acionistas e proponha reduzir em mais de 50% a PLR da categoria.
No dia 16 de janeiro, a FUP se reuniu com o Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST) para cobrar do governo uma solução para o impasse em que se encontra a negociação da PLR 2012.