Após confirmação do vazamento de benzeno na Rlam, trabalhadores da refinaria sofrem retaliação

Sindipetro BA

Depois de confirmada a denúncia de vazamento de benzeno na Refinaria Ladulpho Alves e da interdição da parada de manutenção da Unidade 30\31 da RLAM, feita por técnicos do Ministério do Trabalho e Cesat durante a semana, o gerente geral da empresa, Cláudio Pimentel, determinou uma série de represálias no local de trabalho.

Segundo denúncia feita ao Sindipetro Bahia, os técnicos de segurança da RLAM estão proibidos de fazer avaliações ambientais para detecção de benzeno e nem podem mais emitir os Certificados de Inspeção de Segurança (CIS). A gerência geral transferiu essa responsabilidade para a empresa terceirizada GAIA, que já teve sob suspeita esse tipo de trabalho; ela não tem autonomia e “naturalmente” procura agradar a direção da Refinaria.

Outra retaliação ocorreu com o veto na participação do Sindipetro Bahia na Semana Interna de Prevenção de Acidentes (SIPAT), evento que ocorre entre 13 e 17 de agosto. Ele tinha sido planejado com doze stands, sendo um deles para o sindicato e outro para empresas parceiras, palestras com uma doutora em química da Fundacentro e fonoaudióloga da UNEB, entre outras atividades. Através de email, o gerente de Planejamento e Controladoria, Rafael Paradella Freitas, comunicou o veto.
 
Ainda segundo denúncia encaminhadada à direção do sindicato, após a constatação do vazamento de benzeno, houve interrogatório com um dos empregados da Tecnosonda que ficou exposto ao agente cancerígeno, durante a escavação de uma vala no local onde ocorreu rompimento da linha de drenagem.