Após a entrega da pauta reivindicatória, trabalhadores fazem paralisação em Suape

Trabalhadores diretos e terceirizados que atuam no T.A.Suape pararam durante uma hora…

Sindipetro PE/PB

Trabalhadores diretos e terceirizados que atuam no T.A.Suape pararam durante uma hora na manhã de hoje em frente ao terminal. O atraso foi um protesto pelos problemas enfrentados por eles em Suape. O ato foi feito um dia após a entrega da pauta reivindicatória da categoria petroleira.

Durante o ato, os trabalhadores ouviram explicações sobre a pauta reivindicatória e sobre a questão do pré-sal. Diretores do Sindipetro PE/PB colocaram as principais propostas da FUP para o novo marco regulatório do setor  petróleo nacional.

Problemas sem fim

Durante o ato, vários trabalhadores terceirizados vieram denunciar problemas graves que estão ocorrendo no terminal. Há uma empreiteira que está atuando há oito meses sem fornecer equipamentos de proteção individual (EPIs). Por isso, desde então, os trabalhadores estão usando os EPIs deixados pela empresa anterior. Um verdadeiro absurdo. Afinal, existe fiscalização? Se existe, por que não aplica multa na empresa?

Outros companheiros terceirizados estão pagando planos de saúde que não existem. São descontados em seus holerites mas não usufruem de plano de saúde nenhum. Há ainda denúncias de um plano de saúde que impõe uma carência de cinco meses para qualquer atendimento! O trabalhador começa na empresa e só pode ficar doente a partir do sexto mês!

Isso ocorre porque na hora da licitação quem ganha é a empresa que oferece o menor valor e a Petobrás Transporte não está interessada em exigir qualidade e benefícios para seus trabalhadores terceirizados.

No fim do ato, apareceu um trabalhador terceirizado que se acidentou na semana passada e estava com o braço enfaixado. Ele havia sido encaminhado para a Bahia para fazer uma cirurgia pois seu plano não atende em Pernambuco. Como mora em Pernambuco, o trabalhador não sabia nem onde vai ficar hospedado no outro estado, já que terá que ficar lá por 15 dias.

Tudo isso acontece por causa da anuência da coordenação de Suape e da gerência da Petrobrás Transporte com sua velha política do “não-sei-de-nada”. Esses disparates também são consequência da má administração da Petrobrás Transporte, sediada no Rio de Janeiro, de sua diretoria, gerência geral e gerência executiva.