Com queimaduras em mais da metade do corpo, o técnico de operações da Revap (São José dos Campos), Luis Beloni, 58 anos, não resistiu à gravidade dos ferimentos e faleceu na sexta-feira, 21, após ficar 71 dias internado. Beloni era trabalhador próprio da Petrobrás e foi vítima de uma explosão no dia 11 de setembro, onde outros cinco petroleiros também foram feridos: um próprio e quatro terceirizados. Segundo apurou na época o Sindipetro São José dos Campos, a explosão na Revap teria sido causada por vazamento de GLP no parque das esferas, durante uma troca de válvula.
Essa é a décima quinta morte este ano em acidentes de trabalho no Sistema Petrobrás, segundo dados dos sindicatos. Entre as vítimas, 12 eram trabalhadores terceirizados e três, próprios. Desde 1995, quando a FUP passou a catalogar os registros de acidentes fatais recebidos, já contabilizamos 344 óbitos, dos quais 280 com prestadores de serviço e 64 com trabalhadores próprios. Há duas décadas, a FUP vem cobrando uma política efetiva de prevenção de acidentes, primeirização das atividades-fim com recomposição dos efetivos e igualdade de condições de trabalho para os terceirizados. Enquanto os gestores da Petrobrás continuarem ignorando as reivindicações dos trabalhadores e descumprindo acordos, não conseguiremos estancar essa sangria.
Explosão sem vitimas em Sergipe
A insegurança na Petrobrás causou mais um acidente grave na empresa. Desta vez, por sorte, não houve vítimas. A explosão aconteceu no último dia 16, em Sergipe, no trecho do gasoduto que liga a estação de Robalo a Carmópolis, área de produção terrestre. Em nota à imprensa, a Petrobrás informou que não houve vítimas e que o fogo foi controlado pela Brigada de Incêndio e “pelo isolamento do fluxo de gás”.
Fonte: FUP