Após 14 anos da P-36, mais de 200 petroleiros morreram em acidentes

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Este domingo, 15, será marcado pela passagem de 14 anos da tragédia da P-36, plataforma da Petrobrás que afundou na Bacia de Campo, em 2001, causando a morte de 11 trabalhadores. Os petroleiros do Norte Fluminense, mais uma vez, prestarão homenagens às vítimas deste que é considerado um dos maiores acidentes da indústria do petróleo. A manifestação também servirá para ressaltar aos trabalhadores que agora, mais do que nunca, é preciso intensificar a luta para que a Petrobrás e demais operadoras apontem mudanças estruturais em suas gestões de SMS.

Há exato um mês, a categoria petroleira foi atingida por mais uma tragédia semelhante, que, por pouco, não matou o mesmo número de trabalhadores. No dia 11 de fevereiro, a explosão em um navio plataforma da petrolífera BW, no Espírito Santo, matou 09 petroleiros e deixou 26 feridos. O processo de resgate das vítimas durou 21 dias e foi finalizado no dia 02 de março, com a localização da última vítima fatal que estava presa nas instalações da plataforma.

Há anos, o movimento sindical petroleiro denuncia problemas estruturais na política de SMS da Petrobrás, que ignora as reivindicações dos trabalhadores. De 2001 até agora, 228 petroleiros morreram em acidentes de trabalho, mas, apesar disso, poucos foram os avanços nas questões de saúde e segurança. Já passou da hora dos gestores da empresa entenderem que a vida está acima de qualquer indicador econômico e que política de prevenção de acidentes se faz com participação dos trabalhadores e não de forma autoritária.

Fonte: FUP