Se os resultados da Petrobrás no terceiro trimestre frustraram os acionistas, que esperavam um lucro superior aos R$ 266 milhões alcançados, o mesmo não se pode dizer dos banqueiros, que se apropriaram de R$ 40 bilhões, em juros e amortizações da dívida. Nos últimos três trimestres, a empresa registrou R$ 5 bilhões em lucro líquido, mas entregou R$ 108 bilhões ao sistema financeiro.
Às custas de desinvestimentos e de drásticos cortes nas áreas operacionais, o endividamento da Petrobrás diminuiu 11% em relação aos três primeiros trimestres do ano passado. No mesmo período, os gestores encolheram ainda mais os investimentos, que caíram 19%. Só neste terceiro trimestre, houve uma redução de R$ 10,4 bilhões.
O balanço da Petrobrás também continua apontando que, mesmo desdenhado por Pedro Parente, o Pré-Sal continua sendo fundamental para os resultados da empresa. Já representa metade de toda a produção, com custos de extração cada vez menores – está hoje abaixo de US$ 7 o barril. No entanto, as riquezas que deveria gerar para o povo brasileiro estão sendo transferidas a toque de caixa para o mercado.
Sob o comando de Pedro Parente, a Petrobrás está sepultando o projeto de desenvolvimento nacional que tinha como pilar o Pré-Sal. Todo o esforço que os trabalhadores e as gestões anteriores fizeram para descobrir e explorar estas reservas tinha por foco melhorar a condição de vida do povo brasileiro e não servir ao sistema financeiro ou os interesses das multinacionais.
FUP