Ao contrário do que dizem, Petrobrás não está quebrada

Apesar de absurda e sem fundamentos, a tese de que a Petrobrás estaria quebrada ou à beira da falência virou uma espécie de mantra para as gerências. Essa falácia, além de minar a imagem da empresa, busca aterrorizar os trabalhadores. O objetivo é tentar desmobilizar a luta da categoria para manter a Petrobrás como uma empresa integrada e geradora de riquezas econômicas e sociais.

A crise internacional que atinge a indústria petrolífera é conjuntural, como várias outras que já ocorreram no mundo. No caso da Petrobrás, seus efeitos foram amplificados pelas disputas políticas que paralisam o país desde as eleições presidenciais de 2014. A estatal passou a ser o foco dessa batalha, principalmente após ter sido desvendado um condenável esquema de corrupção, que atuava dentro e fora da empresa há pelo menos duas décadas. Portanto, há um grande viés político na campanha especulativa que atinge a companhia.

Não há dúvidas de que a Petrobrás atravessa uma crise grave, talvez a maior de sua história, mas está longe de ser uma empresa à beira da falência. Nos últimos 12 anos, a estatal foi fortalecida com investimentos robustos que recuperaram o seu papel estratégico e a tornaram uma potência tecnológica, capaz de descobrir e de desenvolver o pré-sal. Em função disso, aumentou em 70% as suas reservas provadas, que saltaram de 11 para 16 bilhões de barris de óleo, e realizou o feito histórico de explorar uma nova fronteira petrolífera, onde já acumula pelo menos outros 48 bilhões de barris.

A dívida da Petrobrás é resultado desses investimentos e é compatível com o patrimônio construído nos últimos anos. A relação entre dívida e reservas é, aliás, o principal indicador de uma empresa petrolífera. E a estatal brasileira tem hoje reservas superiores as das grandes multinacionais do setor, como a Shell, a Exxon Mobil e a BP.

Os que dizem que a Petrobrás está quebrada, portanto, agem de má fé. É possível enfrentar a crise, buscando alternativas de financiamento, sem que seja necessário vender ativos ou cortar investimentos estratégicos. Na Pauta pelo Brasil, os trabalhadores elencam algumas propostas para fortalecimento da empresa.

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Fonte: FUP