AMS é qualidade de vida e não custo







Os representantes da FUP, em mais uma reunião da Comissão de negociação permanente com a Petrobrás que trata da AMS, realizada no último dia 22/02, cobraram providências imediatas por parte da empresa para solucionar os vários problemas que estão ocorrendo com o programa.

A Assistência Multidisciplinar de Saúde – AMS – é uma conquista da categoria e o mais importante benefício que os trabalhadores da Petrobrás e suas subsidiárias têm, juntamente com a sua previdência complementar. Entretanto, atualmente, existem vários problemas que estão afetando a qualidade da nossa AMS. 

Um dos principais problemas relatados pela categoria é o péssimo atendimento aos beneficiários, que é extremamente burocrático e ineficaz, através de uma central telefônica. Além disso, os usuários sofrem com informações erradas ou insuficientes; conflitos cada vez maiores entre a Petrobrás e seus credenciados (clinicas, hospitais, entidades representativas dos profissionais credenciados, etc.), levando ao cancelamento ou à demora excessiva na aprovação das autorizações de procedimentos, sem explicação ou justificativa; e filas de espera, principalmente, para a realização de cirurgias.

Os petroleiros e seus dependentes também têm denunciado a falta constante de profissionais de saúde credenciados nas mais diversas especialidades (médicos, dentistas, etc) e localidades do país. Não há como entender os problemas e demoras, sem justificativa, no credenciamento desses profissionais, clínicas e hospitais. Existe, ainda, uma grande dificuldade e, na maioria das vezes, a negação para a liberação de procedimentos com tecnologias mais avançadas. 

Visando solucionar estes problemas, os representantes da FUP propuseram que a Petrobrás implante imediatamente o Comitê Permanente da AMS e as Comissões locais. Este Comitê discutiria, a nível nacional, a solução dos problemas de gestão da AMS e as Comissões locais acompanhariam e tentariam resolver regionalmente esses problemas, encaminhando para o Comitê Permanente somente os problemas que não fossem solucionados.

Para a melhoria no atendimento da Rede de Credenciados, os representantes da FUP propuseram a redução do tempo de experiência exigida para que o profissional de saúde seja credenciado. A proposta é que este tempo caia de 05 anos para 03 anos, nas localidades onde houvesse carência desses profissionais. Também é importante que haja maior transparência nos critérios adotados para a aprovação, renovação ou cancelamento dos credenciados, além de atualização e permanente divulgação do cadastro. Somá-se a isso o aperfeiçoamento do sistema de livre escolha, através da criação de um fundo financeiro, visando melhorar os valores de pagamento dos credenciados e eliminar o reembolso para os beneficiário.

Em relação à melhoria do atendimento ao beneficiário, os representantes da FUP propuseram a implantação das chamadas “células AMS” e Postos Avançados, com equipes capacitadas, em todos os locais onde não há a presença dos Serviços Compartilhados. Outra necessidade é o treinamento e reciclagem permanente dessas equipes, além da primeirização de todas as  atividades operacionais da AMS prestadas pelos Serviços Compartilhados, com o devido treinamento dos novos e atuais empregados.

Outra questão bastante cobrada pela FUP é a melhoria da comunicação com o beneficiário quando uma determinada autorização de procedimento lhe é negada. Também é fundamental que os custos do benefício sejam totalmente transparentes para o petroleiro e sua família.  A Petrobrás tem que informar os valores que são cobrados do usuário do Programa, através do envio mensal do extrato de utilização da AMS para todos os ativos, aposentados e pensionistas.

Apesar de todas os problemas apontados e de todas as propostas apresentadas pela FUP, a empresa segue adiante com uma política equivocada em relação à AMS, focada somente na "redução de custos". Para a Petrobrás e seus acionistas, o Programa da AMS é apenas uma fonte permanente de gastos, enquanto que para os seus trabalhadores significa a manutenção da qualidade de vida. Caso os dirigentes da empresa continuem com essa visão, dificilmente os problemas da AMS serão solucionados.