A privatização da BR Distribuidora inaugurou um novo modelo de negócios no Brasil: o de empresa de controle pulverizado, mas com um sócio estatal como principal acionista. No último dia 23, a Petrobrás se desfez de 30% do capital da subsidiária, após a venda de ações no mercado financeiro por R$ 8,56 bilhões, mas manteve participação de 41,25% na empresa.
Com a venda prevista de mais um lote residual de ações, a arrecadação deve alcançar R$ 9,6 bilhões e a presença estatal na distribuidora poderá cair para até 37,5%.
O fato é que a Petrobrás deixou de ser a acionista controladora da BR, ao mesmo tempo em que manteve o posto de maior acionista individual.
A BR tem 8.530 postos em todos o país e abastece 99 aeroportos. Em 2018, teve lucro líquido de R$ 3,19 bi e receita de R$ 122,33 bi com vendas de combustíveis.
[Com informações do Portal Terra ]
Quem ganha e quem perde com a privatização da BR?
As refinarias americanas já respondem por quase 90% de todo o óleo diesel importado pelo país. E hoje cerca de 25% do derivado consumido no país é importado.
O Brasil é um dos maiores consumidores do mundo de diesel e gasolina. A maior parte do transporte de passageiros e cargas no país é feita via estradas, além disso, o Brasil tem um dos maiores mercados consumidores do mundo em extensão. Quem controlar a distribuição dos combustíveis no país ganhará muito dinheiro.
Com oito refinarias da Petrobrás à venda, o que representa 50% da capacidade de refino do país, basta os americanos comprarem as unidades para que o Brasil fique totalmente sob controle dos interesses econômicos e políticos dos Estados Unidos.
[Via O Cafezinho]
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