[Da imprensa do Sindipetro-BA]
“O que a gente ganha não dá nem para se alimentar, imagine para comprar o gás a R$ 80,00, chegando, muitas vezes, a R$ 85,00”? O depoimento dado por Loreci Gonçalvez, moradora da cidade de Feira de Santana, reflete a situação de milhares de famílias, a maioria sobrevivendo com um salário mínimo, e que não conseguem sequer adquirir o botijão de 13 quilos do gás para cozinhar.
Percorrendo diversas cidades do interior da Bahia desde o dia 29/09, com a ação “Gás a Preço Justo”, diretores do Sindipetro têm presenciado situações difíceis e ouvido relatos de pessoas que voltaram a cozinhar à lenha e, muitas vezes, não têm nem o que comer.
A ação faz parte da Campanha “A Petrobras Fica na Bahia”, que integram um grande movimento nacional entre os diversos sindicatos representativos dos trabalhadores petroleiros na defesa da Petrobras como empresa pública, integrada e a serviço do povo brasileiro.
Já foram contemplados os moradores das cidades de Alagoinhas, Entre Rios, Dias D´Ávila, Mata de São João, Simões Filho, Candeias, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Feira de Santana e Ipirá. Em cada um desses municípios, o botijão de gás foi vendido para famílias carentes ao preço de R$ 40,00. O restante do valor foi subsidiado pelo Sindipetro.
O diretor de comunicação do Sindipetro e vice-presidente da CUT Bahia, Leonardo Urpia, que, juntamente com os também diretores do sindicato, João Marcos e Climério Reis (Mero), está à frente da ação do “Gás a Preço Justo”, diz que há uma boa receptividade da população, que se mostra interessada em saber mais sobre o processo de venda do gás de cozinha e porque ele está tão caro.
“Estamos conseguindo atingir o nosso objetivo que é o de chamar a atenção da sociedade para a importância da Petrobrás. Em cada lugar que chegamos explicamos o motivo do alto preço do gás de cozinha e de outros derivados do petróleo, que é a mudança da politica de gestão da Petrobrás, feita pelo governo Bolsonaro, que passou a acompanhar o preço internacional do barril do petróleo e a variação do dólar”.
Eliomar, da cidade de Simões Filho, entendeu o recado e se mostrou revoltado. “Como é que a Petrobrás produz aqui, com matéria prima do Brasil, e a gente paga preço de dólar”?, indagou.
Para Maria, de Feira de Santana, “o governo de Bolsonaro tem de parar e refletir porque a nossa nação tem muita gente humilde que não tem condições de comprar o gás a esse preço. Eu conheço pessoas que estão procurando lenha para cozinhar”.
Em São Sebastião do Passé, Antônio Almeida revelou que às vezes precisa comprar gás fiado e o preço sobe para R$ 90,00”. Para Hilda Maria, também moradora dessa cidade, “a vida está muito difícil e o governo tem de ver isso, tem de baixar o preço do gás”.
A ação do “Gás a Preço Justo” segue até o final do mês de outubro, mostrando que é possível vender o gás de cozinha com valores mais baixos, levando-se em consideração o custo de produção nacional, mantendo o lucro das distribuidoras, revendedoras, da Petrobrás e a arrecadação dos impostos dos estados e municípios.
Conheça as cidades cujas populações ainda serão beneficiadas com a ação da venda de gás de cozinha a preço justo:
15/10 (quinta-feira)- Itabuna
16/10 (sexta-feira) – Itapetinga
17/10 (sábado)- Canavieiras
18/10 (domingo) – Jequié
20/10 (terça-feira)- Olindina
21/10 (quarta-feira) – Madre de Deus
22/10 (quinta-feira) – Santo Amaro