AI 5 na RLAM – GG quer restringir ação sindical; Sindipetro reage

 

Sindipetro-BA

Deu xabu 2: na edição da semana passada (nº 75) publicamos a mesma coisa referente à reunião com a SSP, RH e UO-BA, sobre a insegurança; agora registramos que os resultados do encontro dos diretores do Sindipetro Bahia com o GG da RLAM, senhor Nei Argolo, repete a série “deu xabu”.

Pois não é que o inacreditável ocorreu Enquanto a extensa lista de reivindicações dos trabalhadores da Refinaria mofa nas gavetas, eis que a gestão do senhor Nei Argolo “surpreende” com um passado que se pensava sepultado e quer implantar o cerceamento das liberdades sindicais, o direito de ir e vir dos dirigentes, num arroubo de autoritarismo em pleno governo democrático popular inaugurado pelo metalúrgico e ex-presidente Lula. A liberdade e o acesso dos sindicalistas ao local de trabalho são direitos assegurados no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Na reunião da última quinta (7\3), os diretores Edson Almeida, Deyvid Bacelar, Allan Almeida, Agnaldo Soares, Souza Júnior, Alberto Jorge e o coordenador geral, Paulo César, pode-se dizer que ficaram “boquiabertos” com a negativa dos gestores – incluindo-se ai o RH, SMS e Comunicação – em atender questões relacionadas à saúde dos trabalhadores, em especial o ASO e contaminação por benzeno, assim como o livre acesso dos dirigentes sindicais às áreas da RLAM, principalmente nos finais de semana. Além de ser grave, esse cerceamento tipifica comportamento antissindical e a direção do Sindipetro Bahia antecipa que não o aceita.

Não é a gerência quem indica os locais onde o sindicato pode ou não distribuir os informativos da categoria, muito menos quando isso deve ocorrer. O Sindipetro Bahia, enquanto organização sindical, representante legitimo dos petroleiros, tem a sua história de luta pautada na autonomia e repudia com veemência esse retrocesso. Caso persista nessa prática, o assunto será levado ao Ministério Público do Trabalho e a instâncias superiores da Petrobrás.

Avaliação de desempenho precisa ser corrigida

Na reunião dos diretores do Sindipetro Bahia com o GG da RLAM, na última quinta (7), uma das mais de 40 demandas finalmente sai da gaveta: a luta do sindicato para garantir a transferência da Refinaria por interesse do trabalhador, com alguns pedidos atendidos. Espera-se a partir de agora que o processo seja acelerado para liberação dos pedidos que estão pendentes.  

Quanto aos erros na avaliação de desempenho, que ainda causam enormes prejuízos aos trabalhadores da SI – setor com problemas de ambiência – a direção do Sindipetro Bahia reafirma que o GG da época reconheceu o erro do supervisor e do antigo gerente setorial, hoje boiando no SMS, e reivindica que nos casos comprovados que se faça reavaliação dos fatos,  como ocorreu na OP-CAN.

Outro situação que chama a atenção é o reconhecimento tardio das denúncias que o sindicato fez, inclusive levando o fato ao Inema, sobre o Bota Fora, local usado de forma irregular para o descarte de resíduos industriais e da construção civil da RLAM. Mais uma vez o Sindipetro Bahia comprova que estava correto quando fez a denúncia.

O enquadramento incorreto dos anistiados é um “calo” que precisa ser resolvido com urgência. O Sindipetro decidiu identificar caso a caso e encaminhará o resultado ao RH, para análise e a devida correção. Espera-se que pendências como a validação e cumprimento do estatuto da Brigada e treinamento para socorristas voluntários, com prazos estabelecidos, não sejam também trancados nas gavetas.

Demandas pendentes

Infelizmente, muitos problemas simples não foram resolvidos, como a implantação do café da manhã para o pessoal do administrativo. O Sindipetro ressaltou que isto já acontece na Transpetro e Fafen, não  é um grande investimento, mas só questão de boa vontade.
Os problemas no preenchimento correto do ASO continuam, pois a gerência insiste em afirmar que o único risco caracterizado é o ruído, apesar de todas as autuações e multas que recebeu do MTE por descumprimento à legislação brasileira.

Para o sindicato, a empresa está mascarando a realidade da exposição diária do trabalhador a produtos químicos; vamos fazer uma campanha para que nenhum trabalhador assine este ASO falso.
A gerência insiste em minimizar os riscos à exposição ao benzeno; o efetivo mínimo inadequado nos turnos; a ambiência ruim em diversos setores; poucos eletricistas executantes para dar conta de grandes áreas, o assédio moral (em especial na relação com as mulheres) e a demora na construção da estrada para melhorar a mobilidade na área, sob a alegação de que a obra não foi iniciada devido à falta de licenciamento ambiental, desapropriação de terras e desentendimento sobre os responsáveis pelo investimento e manutenção.