Água e energia são um direito social e não mercadorias!

 

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou nesta segunda-feira, 20, por 41 votos a 28, a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). Para a FUP, além de colocar em risco o acesso à água potável como direito humano, essa medida absurda reforça a agenda golpista imposta pelo governo Temer, que tem por eixo a redução do Estado e a entrega do patrimônio público.

O acesso à água potável e ao saneamento básico é um direito humano essencial como assegura a Organização das Nações Unidas (ONU) e não uma mercadoria, usada como moeda de troca para, ilusoriamente, tentar minimizar a situação de calamidade financeira em que se encontra o estado do Rio de Janeiro, em função dos descalabros cometidos pelos governos Cabral e Pezão.

Como os parlamentares de oposição vêm alertando, o valor que será concedido pelo governo golpista em troca da Cedae é pífio e paga apenas um mês da folha dos servidores públicos. Equivale a 10% da dívida ativa do estado, que nunca foi cobrada pelos governantes. Ou seja, é o mesmo receituário que Temer usa para acabar com a Previdência Social. Em vez de cobrar dos sonegadores, quer impor a conta ao povo.

As primeiras vítimas da privatização da Cedae serão as populações pobres que moram em comunidades e que têm direito à tarifa social. Estudos comprovam que a entrega da companhia ao mercado irá aumentar em pelo menos 70% as tarifas de distribuição da água potável.

Assim como o petróleo e a energia, a água deve ser compreendida como um bem social e, portanto, de gestão pública. Enquanto o mundo inteiro disputa esses recursos naturais, os golpistas seguem na direção contrária, entregando de mão beijada aos gringos a nossa soberania.

Nós da FUP, seguiremos na luta não só contra a privatização do nosso petróleo, como de qualquer bem público ou recurso natural que estiver sob a mira dos entreguistas. Todo apoio e solidariedade aos trabalhadores da Cedae e ao povo do Rio de Janeiro. Água e energia são um direito humano e não mercadorias!

Rio de Janeiro, 20 de fevereiro de 2017

Federação Única dos Petroleiros