Aeroportuários em greve fazem apitaço no aeroporto de Congonhas

Com informações da Agência Brasil e do SINA

Os aeroportuários em greve de São Paulo fazem uma manifestação no Aeroporto de Congonhas desde as 7h desta quarta-feira, 31. De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SINA), Francisco Lemos, cerca de 80% da categoria, na capital paulista, aderiram à greve. Na cidade, existem aproximadamente 1,5 mil funcionários. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), a paralisação não atrapalha o funcionamento em Congonhas e nenhum voo precisou ser cancelado por causa do protesto. Por volta das 8h30, os grevistas ocupavam o saguão central do aeroporto com apitos e cartazes.

A assessoria de imprensa da Infraero informou que, apesar da grande adesão, um plano de contingenciamento foi montado para manter os serviços essenciais e a operacionalidade dos aeroportos. “Esse plano inclui o remanejamento de empregados, tanto do quadro administrativo quanto do de escala, de forma a reforçar as equipes nos horários de maior movimento de passageiros e aeronaves, envolvendo ainda os demais agentes que atuam nos aeroportos”, informa a nota.

Entre as reivindicações dos trabalhadores, estão o reajuste salarial em 16% e a manutenção do plano de saúde, pois a Infraero teria indicado que diminuiria a sua extensão. Segundo o presidente do sindicato, os funcionários também querem aumento na Participação nos Lucros e Resultado (PLR), que hoje é R$ 500.

Nos dias 25 e 26 de julho, o SINA e representantes da Infraero tiveram uma nova rodada de negociações, onde a empresa apresentou uma nova contraproposta, que, segundo o sindicato, "está muito longe de atender as expectativas da categoria aeroportuária". 

Veja a nota do Sindicato:

Das 106 cláusulas encaminhadas pelos aeroportuários, aprovadas em assembleias pelo Brasil, a empresa mais uma vez, demonstrou total desrespeito, desprestígio e indiferença às necessidades dos aeroportuários, entre as quais destacamos:

2ª – PCCS, que contempla a reivindicação dos PEMS, Técnicos, Arquitetos, Engenheiros e demais Analistas Superiores, – 25ª – Advertência ou Suspensão – 26ª Das Dispensas. A revisão dessas cláusulas passa pela discussão entre Infraero e Sindicato quanto ao constante do Ato Administrativo 2170/DJ/DA/2013, que afronta os princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório – 45ª Incorporação de função, que nunca acatou nosso pleito obrigando os trabalhadores a ingressarem na Justiça sofrendo toda espécie de perseguição, não sendo cumprido inclusive compromisso de acordo em sede judicial, optando, ao contrário, a empresa, por arrastar os processos pelo maior tempo possível manejando impossíveis Recursos Extraordinários junto ao Supremo Tribunal Federal. – 69ª – Tabela de Participação, condição a qual possa permitir que os aeroportuários possam usufruir de seus benefícios diminuindo seus gastos. – 87ª – Vale Cultura – Apesar de tal benefício já constar em parâmetros legais a empresa sequer apresentou uma proposta quanto ao tema.

No tocante das cláusulas de conteúdo econômico e seus reflexos, não teve a capacidade e comprometimento de apresentar uma proposta que atendesse a reposição de nossas perdas salariais e em especial no que se refere ao aumento de produtividade.

Todos estes pontos devem ser analisados pela Infraero e respondido aos seus empregados, principalmente num momento em que se tem notícia de reajuste dos salários dos diretores da empresa na ordem de 26% contra uma proposta de 6,49% ao restante de seus empregados, como também uma participação nos lucros de mais de R$ 30.000,00 para cada diretor,enquanto o restante dos empregados recebeu em média R$ 500,00.