FUP
O acordo salarial conquistado pelos petroleiros foi aprovado com mais de 70% de aceitação nas assembleias que se encerraram na grande maioria das bases da FUP. Apenas o Sindipetro Caxias e o Sindipetro Unificado de São Paulo ainda não concluíram a consulta aos trabalhadores, que prossegue até esta terça-feira, 16. No Norte fluminense, as assembleias foram encerradas neste domingo, 14 e, no Rio Grande do Sul, na sexta-feira, 12. Veja o quadro com os resultados das assembléias dos trabalhadores no quadro abaixo.
A capacidade de mobilização da categoria foi fundamental para fazer a Petrobrás avançar na apresentação de uma proposta que elevou de 6,5% para 8,16% o reajuste na RMNR e aumentou em 80% o piso do abono. Mesmo em um ano em que a empresa amargou resultados desfavoráveis, os petroleiros não esmoreceram, foram à luta e arrancaram um acordo com ganhos reais significativos dentro da atual conjuntura.
Além disso, a categoria reconquistou mais uma dobradinha (extra-turno) e fez a Petrobrás avançar na equiparação das horas extras dos trabalhadores de turno e da manutenção, ao garantir o pagamento integral para os companheiros do administrativo que atuam nas paradas de manutenção e partidas das novas unidades.
Nada disso seria possível sem mobilização. Desde a entrega da pauta econômica à Petrobrás, no dia 31 de agosto, os petroleiros estavam a postos, atendendo aos indicativos e fortalecendo a FUP na mesa de negociação. A Semana Nacional de Mobilização, entre 11 e 14 de setembro, intensificou os atos, atrasos e operações padrão nas unidades, que culminaram com uma forte greve nacional de 24 horas no dia 26. A categoria jamais subestimou a força da sua organização nacional e aprovou o indicativo da FUP de greve por tempo indeterminado, forçando a Petrobrás a apresentar uma nova proposta.
A campanha não se esgota com a assinatura do Termo Aditivo ao ACT 2011/2013. Temos pela frente agora o desafio de buscar regras democráticas e justas para a PLR e intensificar a luta por condições seguras de trabalho e contra a precarização gerada pela terceirização. Essa é uma agenda que está também diretamente relacionada à luta contra a retomada dos leilões de petróleo, pois sabemos que o avanço das empresas privadas no setor significa a precarização do trabalho e a redução de direitos da categoria.
Veja o quadro com os resultados das assembleias informados pelos sindicatos:
AMAZONAS – 244 votos a favor; 10 contra e 07 abstenções;
CEARÁ – 70% de aprovação;
RIO GRANDE DO NORTE – 71,4% de aprovação; 24% de rejeição e 4,6% de abstenção;
PERNAMBUCO/PARAÍBA – 129 votos a favor; 26 contra e 07 abstenções;
BAHIA – 390 votos a favor; 123 contra e 26 abstenções;
ESPÍRITO SANTO – 360 votos a favor; 93 contra e 09 abstenções;
MINAS GERAIS – 338 votos a favor; 40 contra e 05 abstenções;
DUQUE DE CAXIAS (resultados parciais) – 342 votos a favor; 63 contra e 01 abstenção;
NORTE FLUMINENSE (resultados parciais) – 816 votos a favor; 302 contra e 37 abstenções;
UNIFICADO DO ESTADO DE SÃO PAULO (resultados parciais) – 770 votos a favor; 170 contra e 26 abstenções;
PARANÁ/SANTA CATARINA – 87% de aprovação e 15,3% de rejeição;
RIO GRANDE DO SUL – 81,6% de aprovação e 18,4% de rejeição.