Sindipetro-NF
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Edição do dia 29/03/2013
29/03/2013 11h26– Atualizado em 29/03/2013 11h26
por Rildo Herrera
Na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, a preocupação é com os helicópteros que levam os trabalhadores para as plataformas de petróleo. O movimento aumentou 20% nos últimos cinco anos e os acidentes dobraram.
Helicópteros cruzando o céu. Uma cena muito comum para quem vive nas cidades da Bacia de Campos. As aeronaves transportam funcionários e cargas para as plataformas em alto mar, que são responsáveis por 80% de toda a produção de petróleo do país.
São 2,5 mil voos por mês, com mais de 800 mil passageiros transportados por ano. A região tem o segundo maior tráfego de helicópteros no Brasil, só fica atrás de São Paulo. Mas essa posição no ranking preocupa, porque com o grande número de voos vêm também os acidentes.
Um levantamento do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense mostrou que, nos últimos cinco anos, foram registrados 59 acidentes envolvendo helicópteros na Bacia de Campos. Nove pessoas morreram.
Para o Sindicato dos Petroleiros, os acidentes podem estar relacionados à falta manutenção nas aeronaves. “Nós estamos com uma frota que está no limite. Há um congestionamento no espaço aéreo da Bacia de Campos, o que leva você a ter, na nossa visão, uma incidência menor de manutenção”, afirma o coordenador José Maria Rangel.
Rosângela e Itamar perderam o filho na queda de um helicóptero em 2011. Ricardo Leal tinha 29 anos, era auxiliar técnico de produção. “Que tivesse mais segurança para que não ocorra mais nem para mim, nem para a minha família, nem para tantas outras que ficam esperando seus filhos, seus maridos voltarem das plataformas nessas aeronaves tão inseguras como são hoje”, diz a mãe.
A Petrobras informou que todos os helicópteros passam por manutenções periódicas e têm equipamentos de última geração.