Acidente no Gásbel II: Ministério Público já havia embargado a obra

A obra havia sido embargada a pedido do Ministério Público, mas a pressa na conclusão e o lucro…











Sindipetro MG

 

A obra havia sido embargada a pedido do Ministério Público, mas a pressa na conclusão e o lucro acima de tudo, dentro de uma política de (in)segurança, fizeram mais seis trabalhadores terceirizados entrarem no rol de feridos da Petrobrás.

Em 2009, a obra do Gasbel II, da Estação Mantiqueira foi embargada a pedido do Ministério Público (MP) e voltou a funcionar por ordem judicial, mas o inquérito instaurado pela Polícia Federal de Juiz de Fora continua em andamento.

Na época, o pedido do MP teve como base a falta de segurança no trabalho, pois trabalhadores não usavam proteção respiratória na soldagem dos dutos de aço, sendo expostos aos gases de solda. O auditor fiscal que embargou a obra já foi ouvido no inquérito, mas ninguém da empresa ainda falou, pois seu representante pediu para dar depoimento em Belo Horizonte e este não tem data marcada.

A TV Panorama de Juiz de Fora divulgou alguns trechos que estão no relatório do MP que embargou a obra como:

– “os trabalhadores não utilizavam proteção respiratória nos trabalhos de soldagem dos dutos de aço, expondo à contaminação por fumos metálicos”

– “falta de eficientes sistemas de proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho, principalmente quanto à proteção a agressões a integrante física e psicológica”.

Com volta da construção do gasoduto e o acidente do último dia 16, que ainda contabiliza dois trabalhadores internados em CTI’s e um em quarto, podemos concluir que para a Petrobrás o mais importante é a execução da obra em detrimento à vida e à saúde do trabalhador.

A FUP e seus Sindicatos não cansam de falar que é preciso acabar com a terceirização de riscos, com os acidentes e com a precarização das condições de trabalho.