(última atualização às 23h)
Um helicóptero fretado pela Transpetro caiu nesta sexta-feira, 17, em Araucária, próximo à rodovia PR-423, Região Metropolitana de Curitiba. Quatro pessoas que estavam a bordo ficaram feridas. O acidente ocorre 16 dias após uma outra aeronave ter tombado durante um pouso forçado no heliponto da plataforma P-37, na Bacia de Campos.
Segundo informações do Sindipetro-PR/SC, além da tripulação, estavam a bordo da aeronave o técnico em manutenção dutos da Transpetro, Miguel Adriano, e outros dois trabalhadores terceirizados da subsidiária. Os petroleiros foram encaminhados para os hospitais da região
Ainda não há informações sobre o motivo da queda. O helicóptero pertencia a empresa Icaraí Turismo e Transporte aéreo. O Sindipetro está acompanhando o estado de saúde das vítimas e vai participar da comissão de investigação do acidente.
As últimas informações obtidas pelo sindicato na noite desta sexta-feira foram de que o estado mais crítico dos feridos é o do técnico da Transpetro, que está internado na UTI, com quadro grave, mas estabilizado, sem risco de morte. Ele teve duas fraturas na coluna, uma na lombar e outra na cervical. Estamos na torcida para que ele e os três trabalhadores feridos se recuperem plenamente.
Este acidente traz mais preocupação e indignação à categoria. Enquanto os petroleiros correm riscos diários em função da insegurança crônica que afeta todo o Sistema Petrobrás e que piora dia após dia com o desmonte da empresa, os gestores tentam implantar goela abaixo da categoria um sistema de consequências para transferir para os trabalhadores a responsabilidade pelos riscos que eles nos impõem.
Mais do que nunca, é preciso denunciar as arbitrariedades da política de SMS, que tem por foco a punição e não a prevenção. É fundamental que os trabalhadores utilizem o “Formulário de Não Conformidade” que a FUP e seus sindicatos estão distribuindo em todas as unidades do Sistema Petrobrás, mais uma ferramenta de luta, que, junto com o Direito e Recusa, deve ser priorizada pela categoria na busca por condições seguras de trabalho.
Colocar vidas em risco não é acidente e sim crime.
FUP