Abertura do XVI CONFUP é marcada por unidade classista internacional e solidariedade à Palestina

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Lideranças políticas e dos movimentos sociais participaram na noite de hoje da abertura solene do 16º Congresso da Federação Única dos Petroleiros. A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, enviou saudação aos petroleiros, destacando a importância da categoria para o desenvolvimento do País. Entre os integrantes da mesa de abertura também estiveram o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, e o representante da Federação dos Trabalhadores Petroquímicos da Palestina, Mohammed Mousa Jadallah.

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O presidente da CUT, Vagner Freitas, reforçou que estamos vivendo no país um momento ímpar na história do país, quando conseguimos incomodar e deixar atordoada a burguesia brasileira. Um momento, considerado por ele, muito rico da luta da classe trabalhadora que conseguiu demonstrar que além de ter o melhor projeto para o Brasil, consegue geri-lo melhor que a burguesia. “Cada política pública que chega ao trabalhador, tem o dedo da CUT, que há anos ajudou a pensar esse projeto. Precisamos mostrar que nós somos a alternativa para construir um país melhor”, afirmou Vagner.

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Segundo Vagner, o processo que o país viveu nos últimos anos com Dilma e Lula, trouxe não só o crescimento econômico, como desenvolvimento. “Se continuarmos esse ciclo, vamos construir um sonho que é ter um estado voltado para o bem comum. Nós defendemos esse projeto que está dando certo e por isso temos que reeleger Dilma, com uma Petrobrás mais forte e sem terceirização”, concluiu.

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O petroleiro palestino Jadallah trouxe uma saudação do seu povo aos trabalhadores brasileiros e agradeceu à posição do governo em relação à Palestina. Relatou os ataques sofridos e o número de pessoas atingidas com o bombardeio de Israel. “Nós queremos a paz, a retirada dos territórios ocupados, a criação do Estado Palestino, a liberdade dos presos políticos e a solução para os refugiados. A recusa do governo de Israel em desocupar as terras palestinas é o que determina hoje o fracasso da paz”, disse. Jadallah reafirmou que o povo palestino, seus agricultores e intelectuais estão seriamente comprometidos com o processo de paz.

Recepção calorosa

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Os cerca de 400 delegados foram recebidos inicialmente por uma saudação do coordenador do sindicato anfitrião. “É com grande satisfação que recebemos a categoria petroleira em nosso estado, num ano que nosso sindicato completa 30 anos em novembro. Num momento, que atravessamos de uma campanha eleitoral onde o PIG e a direita vão fazer de tudo para tomar o poder, os petroleiros se reúnem para traçar os rumos da categoria”, disse o presidente do sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte, José Araújo.

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Outro potiguar que saudou os delegados foi o integrante do Diretório Estadual do PT do Rio Grande do Norte, Luiz Carlos Silva. “Sediar um congresso nacional dos petroleiros no Rio Grande do Norte é um grande sonho, especialmente agora quando estamos em um momento em que precisamos lutar contra o retrocesso do País. Precisamos estar na vanguarda da defesa do projeto que está mudando o Brasil, ao mesmo tempo em que avaliamos os erros que cometemos”, afirmou.

O presidente do PCdo B, Antenor Roberto, saudou a mesa e todos os presentes e falou da honra que é participar da abertura de um evento classista de uma categoria resistente. “Quero finalizar falar ao povo brasileiro da importância da Petrobrás, que representa duas garantias constitucionais, a educação e a saúde, a partir da exploração de nossa riqueza natural que é o petróleo. Viva a Petrobrás, viva seus trabalhadores”, disse Antenor.

Sindicalismo e cidadania

Representante do Instituto Paulo Freire, o professor Paulo Roberto Padilha lembrou o “papel central de articulador que a FUP desempenha como o que chamamos de alma do processo, nas atividades do Mova Brasil. Sem a Federação, na interlocução com a Petrobrás, não conseguiríamos atingir tantos estados brasileiros com este trabalho”. O instituto, junto com a FUP e a Petrobrás, coordena o programa Mova Brasil, de alfabetização de adultos, que completou dez anos.

Da Confederação dos Metalúrgicos do RN, Paulo Cais, lembrou que metalúrgicos e petroleiros sempre estiveram juntos na luta. Lamentou o acidente que vitimou Eduardo Campos, porque para Cais a disputa deve se dar no voto. “Vamos responder à direita com a vitória nas urnas e a continuidade desse projeto de governo” – afirmou

O Coordenador do Movimento de Atingidos de Barragens, José Josivaldo saudou a FUP pelo convite às delegações internacionais da América Latina e da África. “Só com a solidariedade internacional é que os trabalhadores terão avanços. Um exemplo de aliança que deu certo foi do MAB e da FUB, que une a classe trabalhadora do campo e da cidade em prol de uma plataforma de desenvolvimento que tem como base a energia brasileira”, colocou.

Em seguida o diretor da CNQ, Itamar Sanches, lembrou que a categoria petroleira tem que tomar posição aqui nesse Congresso e reforçar o apoio à Presidenta Dilma e ao seu projeto. “Nós temos lado, e é desse projeto que trouxe o desenvolvimento para o país nos últimos anos”, afirmou.

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O secretário geral da Global Union, entidade que reúne representações dos trabalhadores do sistema Petrobrás pelo mundo, Jorge Almeida, ressaltou o papel da Federação Única dos Petroleiros na internacionalização da organização dos trabalhadores da companhia. “O último sucesso foi o reconhecimento da Global como representante das entidades sindicais dos trabalhadores. Isso é fundamental para a luta contra a terceirização e a precarização. Não há empresa sustentável quando não há trabalho digno. A FUP está de parabéns pela articulação que faz em busca da solidariedade internacional entre os trabalhadores”, disse.

 

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Dirigente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiras), Divanilton Pereira, avaliou que o momento é de realização de um movimento cívico, e não apenas uma pauta de reivindicações. Ele chamou a categoria petroleira a estar “mais uma vez na vanguarda da luta contra o retrocesso, também se referindo, como outros oradores na solenidade de abertura, à necessidade de reeleger Dilma Roussef na Presidência da República. “A burguesia brasileira fará de tudo para voltar ao poder”, advertiu.

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Representante da Secretaria de Políticas para mulheres do Governo Federal, Tatau Godinho, falou em nome da presidenta Dilma. “Esse é um encontro que é central para o desenvolvimento econômico do país, não apenas pelo papel dessa categoria e pelo que representa de positivo na construção de um país com autonomia energética e econômica, mas também pela simbologia de luta na sociedade brasileira. Espero que essa categoria que tem a capacidade de discutir e manter esse projeto para o povo brasileiro, consiga dar o exemplo e diminuir as desigualdades entre mulheres e homens”, afirmou.

O diretor de investimentos da Fundação Petros, Newton Carneiro, lembrou a característica da categoria petroleira de se articular com outras categorias, destacando o papel histórico desempenhado pela parceria, por exemplo, com bancários e metalúrgicos. Ele também destacou que o Confup acontece em um momento político muito especial, quando não apenas é necessário buscar a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, mas também lutar internamente na Petrobrás, “que ainda está cheia de gestores contrários às mudanças que queremos”.

Classe trabalhadora é internacional

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Parte da delegação internacional presente ao XVI CONFUP

Antes da última intervenção da noite, que foi feita pelo convidado especial Mohammed Mousa Jadallah, petroleiro da Palestina que representou a delegação internacional no Confup, o coordenador geral da FUP, João Antônio Moraes, fez uma análise da conjuntura política brasileira e também lembrou a oportunidade histórica de dar um salto na organização internacional dos trabalhadores.

No plano nacional, não descartou a necessidade de realizar, ainda neste ano, uma grande manifestação em defesa da Petrobrás, em razão dos ataques “da direita golpista” contra a empresa. No exterior, lembrou o filósofo Karl Marx, em relação à característica da classe trabalhadora, se ser essencialmente internacional. “Travamos muitas lutas nacionalistas para construir a Petrobrás e o Brasil, mas a categoria petroleira sabe que a classe trabalhadora é mundial”, finalizou.

ACESSE AQUI A GALERIA DE IMAGEM DO XVI CONFUP

Fonte: Sindipetro-NF

 

Fotos: Ozeas Queiroz