A secretária de Gênero da CNQ/CUT fala sobre os desafios que as mulheres do ramo petroquímico enfrentam


No mês de março, em que se rendem homenagens às mulheres do ramo, a Secretária de Gênero da CNQ-CUT, Maria da Penha Fumagalli, falou com os jornalistas do Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia sobre as atividades que estão sendo preparadas para este ano. Veja a íntegra da entrevista, publicada na edição desta semana do boletim Na Base:

O que está sendo realizado pela Secretaria de Gênero da CNQ-CUT para tentar resolver a questão da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no ambiente de trabalho?

A Secretaria Nacional de Gênero da CNQ-CUT vem desenvolvendo oficinas de conscientização, cursos, seminários e debates para sensibilizar as diretorias, OLTs e comissão de mulheres no debate sobre  a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres.

Que programas de qualificação e formação estão previstos para este ano pela Secretaria? Serão incluídos novos temas ao programa FormaquiMulher no nosso Estado?

Para este ano estão previstos vários cursos Formaquim, sejam Formaquim regional, FormaquiMulher e Formaquim Negociação coletiva.

Neste último, nossos objetivos são de  capacitar as mulheres para o exercício da negociação. A nossa intenção é de que todos esses cursos tenham participação significativa de mulheres do ramo. No caso do FormaquiMulher estamos incluindo novos temas, como: violência contra a mulher, DST/AIDS, aborto, a importância das mulheres na políticas publicas e outros assuntos importantes para as trabalhadoras.

Quais serão os procedimentos usados para pesquisar o perfil das mulheres trabalhadoras do ramo em nível nacional? E para que servirá esse estudo?

Estamos fazendo um levantamento sobre o perfil das mulheres nos diversos sindicatos do ramo. Este levantamento tem por objetivo conhecer e identificar as principais dificuldades encontradas pelas trabalhadoras. O estudo vai auxiliar e contribuir para o fortalecimento da luta das mulheres, na construção de novas bandeiras, como melhores condições no local de trabalho, saúde e igualdade de oportunidades.

Qual é sua opinião sobre a participação da mulher no movimento sindical?

Acredito ser importante, pois as questões de gênero têm de ser discutidas em todos os espaços de atuação. As mulheres podem e devem ocupar os espaços de organização, em especial no movimento sindical.

Lutar, mobilizar e organizar as mulheres do ramo, achamos isso essencial para construir uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária.