Para entendermos porque chamamos a equipe de trabalhadores e trabalhadoras da P-34 de heróis da resistência lembraremos um pouquinho da história. Chega ao nosso estaleiro um navio (P-34) que adernou e estava parado há 2 anos. Após o famoso escândalo com a empresa GDK é esta quem está no comando da reforma.
Projeto pioneiro na Petrobras, como sempre encarado firme e forte pelos Petroleiros, será a primeira plataforma da tirar óleo a 140 graus. No meio do caminho o projeto teve várias modificações, forçando o aditivo do contrato. Como fazer? Se fosse outra empresa a executar o serviço nada estaria fora do normal, mas, por ser a GDK, a solicitação de aditivo foi para Brasília. Decisão política…. e nós aqui embaixo, todos esperando e trabalhando. Somos uma das raças mais criativas do mundo, não deixamos o serviço parar.
Enfim, a P-34 foi colocada no mar e, mais do que nunca, a resistência de nossos heróis foi testada, pois mais de 180 pessoas estavam a bordo, quando o navio só comporta 90 pessoas. Instalaram hotéis flutuantes ao redor da plataforma fazendo o apoio logístico, todos os trabalhadores e trabalhadoras no empenho de fazer jorrar do sub-solo o ouro negro.
Contra todas as expectativas, contra a conspiração do Universo (tudo parecia estar dando errado), os trabalhadores de terra (todos que diretamente e indiretamente fazem a plataforma funcionar) e mar, unidos, mostraram que quando se quer a coisa flui. E veja só! Estamos retirando em torno de 60 mil barris de óleo por dia.
Quando você olhar o flare com a maior chama que eu já vi queimar, lembre-se: ali naquela plataforma moram nossos heróis da resistência.