O #TBT de hoje vai ficar por conta de um resgate de jornais e revistas da época da greve de 1995. A imprensa tradicional da época, principalmente as revistas Istoé, Veja e Exame, não facilitavam nem um pouco para a categoria petroleira, que diferentemente dos dias atuais, não tinha internet como espaço de contra-informação.
Coube aos jornais sindicais da época fazer esse trabalho, as vezes utilizando humor, como foi o caso de um enorme sucesso à época, o “bicho pelego” [figura 1], mais atual que nunca, concorda? Comenta abaixo.
Em matéria do tradicional jornal do Sindipetro Ceará, o Rádio Pião de 15/02/1995 [figura 2]descreveu uma batalha que se trocada a palavra “Telebrás” por qualquer nome de estatal atual do Brasil; e “FHC” por “Bolsonaro”, tudo se aproveita, inclusive o ataque à previdência pública e a busca por unidade dos trabalhadores.
A revista Istoé de 14/06 de 1995 teve a cara de pau de emplacar a capa intitulada “O petróleo é Nosso” [figura 3], onde afirmava que a decisão “abre País ao investimento estrangeiro”. Investimento que até hoje, 24 anos depois, não chegou, basta ver a figura 4.
A Veja, em 14 de junho de 95, afirmou em matéria intitulada “Era uma vez o monopólio da Petrobrás” que “o governo ganha fácil [no Congresso] e abre caminho para mudar a produção de petróleo no Brasil. Mudança que obviamente não aconteceu [figura 05].
Colocando a culpa da crise da falta de gás na CUT/FUP e tratando o então presidente Fernando Henrique Cardoso como grande héroi, a imprensa tradicional, incluindo o Jornal Nacional no auge da Rede Globo de Televisão, que os tratavam como “causadores do caos” e, pasme, que a greve dos petroleiros chegava até a ocupar espaços no noticiário de outras greves pelo país.
Até no pós-greve a perseguição continuada, sempre tentando forçar mostrar a greve como um grande fracasso. A revista exame de 7 de julho de 1995 publicou um texto de Mário de Almeida que escreveu “único grupo de habitantes do país que não perdeu nada com a greve”, cobrando punições aos petroleiros.
A história mostrou que a Petrobrás só é o que é hoje, porque valorosos petroleiros não deixaram a empresa ser vendida em 1995, mesmo com todas as dificuldades. A luta continua.
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[Via Sindipetro CE/PI]