Sem o menor pudor, se apropriaram das mobilizações convocadas pela FUP e “venderam” para os trabalhadores que o indicativo foi deles…
Imprensa da FUP
Como nas campanhas passadas, os sindicatos dissidentes que integram o agrupamento comandado pelo PSTU/SemLutas continuam à reboque da FUP. Nas mobilizações da PLR, somaram-se às atividades do dia 07, o que, sem dúvida, fortalece a categoria na busca por avanços na negociação. No entanto, em vez de mobilizar os trabalhadores para unificar a luta, os sindicatos dissidentes mais uma vez se utilizam dos indicativos da FUP para pregar a divisão, tentando confundir a categoria.
Sem o menor pudor, os divisionistas se apropriaram das mobilizações convocadas pela FUP e “venderam” para os trabalhadores que o indicativo foi deles. “A paralisação nacional foi convocada pelos sindicatos de petroleiros, Federação Nacional dos Petroleiros e Central Sindical e Popular – Conlutas”, mente na maior cara de pau o Sindipetro-SE/AL, em sua página na internet.
Armações como esta constrangem a categoria e refletem a crise de identidade dos sindicatos dissidentes. As bases fora da FUP, além de isoladas em um agrupamento sectário e sem direção, estão totalmente alheias à estrutura sindical. Alijados pelos divisionistas, estes trabalhadores seguem à margem da organização petroleira, excluídos do processo de representação nacional, que, legitimamente, é exercido pela FUP.
Refiliação à FUP
Os petroleiros do Rio Grande do Sul deram um basta a esta situação e voltaram a ser protagonistas nas campanhas reivindicatórias, respaldados por mais 12 sindicatos e uma organização nacional respeitada e reconhecida. Nos próximos dias (entre 10 e 15 de julho), os trabalhadores participam de assembléias, onde será debatida e posta em votação à refiliação à FUP, CNQ e CUT. A força da nossa categoria está na unidade que construímos através de uma estrutura sindical democrática, onde todas as deliberações são discutidas e decididas coletivamente com os sindicatos.
Além isso, o trabalhador sempre será o senhor do seu destino, pois cabe a ele, em toda e qualquer circunstância, a decisão final sobre os indicativos da FUP. É por causa dessa organização unitária, democrática e classista que os petroleiros têm avançado nas conquistas e resistido aos ataques dos gestores da Petrobrás e de governos neoliberais. A retomada da Refap 100% Petrobrás é uma das maiores vitórias da categoria e só foi consolidada em função desta história de luta.