Imprensa da FUP
Na última semana, as ruas de Porto Alegre foram tomadas por participantes do Fórum Social Temático 2012, que teve seis dias de debates, oficinas e atividades na capital gaúcha e na região metropolitana do estado. A FUP, seus sindicatos filiados e, vários articuladores do Projeto MOVA Brasil, marcaram presença na passeata de abertura do evento, que mesmo sob forte chuva, teve a participação de 20 mil representantes de diversos estados e países da América Latina.
Com o objetivo de discutir a “crise capitalista e a justiça social e ambiental” para definir propostas que serão levadas à cúpula do Rio + 20, a abertura do FST 2012 não poderia deixar de ter manifestações contra a mudança do Código Florestal Brasileiro, entre outras questões relacionadas ao meio ambiente.
Além dos sindicatos e movimentos sociais, as centrais sindicais também estiveram presentes, ressaltando a necessidade da luta por melhores condições de trabalho, reforma agrária e soberania nacional. Mais uma vez, a Federação Única dos Petroleiros fez questão de enfatizar a importância da campanha “O Petróleo tem que ser nosso”, como uma das principais bandeiras de luta da população pela soberania energética do país.
Como nas edições do fóruns anteriores, o MOVA Brasil também esteve presente na marcha de abertura, ressaltando a importância do projeto de alfabetização, desenvolvido pelo Instituto Paulo Freire em parceria com a FUP e Petrobrás, que desde 2003, vem mudando a realidade de milhões de brasileiros, através da erradicação do analfabetismo, baseado no método Paulo Freire.
Durante todo o Fórum Social Temático 2012, a FUP esteve presente, representando a categoria petroleira nos debates das centrais sindicais sobre a “crise, o movimento sindical e a perspectiva dos trabalhadores”, ressaltando a importância da campanha “O Petróleo tem que ser nosso” e, nas atividades pela democratização da comunicação, entre outras oficinas relacionadas à soberania energética.
“Privataria Tucana”
O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre sediou o lançamento do livro “Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. Os participantes do fórum lotaram o auditório do sindicato, onde mais uma vez, o debate virou um verdadeiro ato de protesto contra as privatizações realizadas durante o governo FHC. Durante o debate sobre as privatizações e o período de superação desta fase, o jornalista Ribeiro Jr. Afirmou que a repercussão do “privataria tucana” tem levado não só as particularidades do período de privatizações à sociedade, mas também uma certa revolta à pessoas que não faziam idéia do maior assalto que o patrimônio brasileiro sofreu. “O livro deixou de ser só uma publicação e virou um documento. Além disso, ele já deixa marcas no cenário político e midiático atual. É só observarmos a mudança do panorama de denuncias infundadas do PIG, que há alguns meses geraram a queda de ministros do atual governo”, concluiu o autor. O debate teve a presença do ex – delegado Protógenes Queiroz, que comandou a operação Satiagraha, e de investigações sobre desvios de verbas públicas, crimes contra o sistema financeiro, corrupção e lavagem de dinheiro (o que resultou na prisão de vários banqueiros, diretores de banco e investidores, em 2008, entre os quais, o famoso Daniel Dantas). Também estiveram presentes alguns representantes da CUT – RS e da Contraf, da colunista da Agência Carta Maior, Maria Inês Nassif e do jornalista da Carta Capital, Luiz Gonzaga Belluzo.