Vermelho com agências
No fim do primeiro ano de seu governo, a presidente Dilma Rousseff atingiu um índice de aprovação recorde, maior que o alcançado nesse estágio por todos os presidentes que a antecederam desde a volta das eleições diretas. É o que indica pesquisa Datafolha, realizada na última semana. Os dados mostram que 59% dos brasileiros consideram sua gestão ótima ou boa.
Pelos dados, 33% classificam a gestão como regular e somente 6% como ruim ou péssima, cinco pontos a menos que em uma pesquisa realizada pelo mesmo Instituto em agosto. A presidente alcançou um equilíbrio entre os eleitores da base e do topo da pirâmide social.
O resultado indica um salto de 10 pontos percentuais em seis meses. De acordo com o novo levantamento, a avaliação de Dilma melhorou entre homens e mulheres e em todas as faixas de idade, renda familiar e escolaridade. Sua aprovação agora é de 62% no eleitorado feminino e de 56% no masculino.
“É a economia…”
Para o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, a chave para entender a evolução dos números nos últimos meses está na economia. “É o fator que mais explica as mudanças em relação à pesquisa anterior”, afirma. “A população estava preocupada com a crise internacional, mas percebeu que ela não mexeu no seu bolso.”
Identifica-se pelos números apresentados que a população está otimista não só com a situação econômica do país, mas também com a sua. A fatia de entrevistados que acredita que sua situação econômica vai melhorar subiu de 54% em junho passado para 60% neste mês. 60% acham que a sua própria situação financeira vai melhorar. Não há, portanto, nenhuma sensação de crise, como nos Estados Unidos e na Europa, ao contrário.
A imagem pessoal de Dilma também melhorou. Ela é considerada “decidida” por 72% dos brasileiros. Para 80%, ela é “muito inteligente”, e para 70%, “sincera”. O Datafolha ouviu 2.575 pessoas nos dias 18 e 19. A margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou para menos.