Agência Carta Maior
Dilma Rousseff programa presença no encerramento do Fórum, dia 29. Encontro vai preparar Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, maior reunião global do mandato de Dilma, que Brasil sedia em junho. ‘País quer aproveitar Rio+20 para construir novo paradigma’, diz Dilma. Presidenta não deve ir ao Fórum Econômico de Davos, simultâneo ao Fórum Social.
Por André Barrocal
A presidenta Dilma Rousseff está de férias desde o Natal mas já decidiu: vai ao Fórum Social Mundial Temático 2012, marcado para o fim do mês, em Porto Alegre (RS). Ela deve participar no dia 29 do encerramento do Fórum, cujo foco principal será a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável que o Brasil hospedará em junho.
A Rio+20 será o maior encontro global dos quatro anos do mandato de Dilma e, como sugere a expressão “desenvolvimento sustentável”, vai discutir como o planeta pode continuar avançando e promovendo a melhoria de vida das pessoas sem sacrificar – ou sacrificando em limites razoáveis – o meio ambiente.
Em café da manhã de confraternização com jornalistas no dia 16 de dezembro, a presidenta disse que o “Brasil quer aproveitar a Rio+20 para construir um novo paradigma”.
O que seria este “novo paradigma” está sinalizado no documento brasileiro fechado pelo governo junto com a sociedade civil e que foi enviado à Organização das Nações Unidas (ONU) em 1º de novembro, último dia de prazo para que todos os países encaminhassem as posições que levarão à Rio+20.
Pelo que diz o documento, o Brasil acredita que desenvolvimento sustentável exige erradicação da pobreza e inclusão social (melhorar a vida das pessoas contribuiria para preservar o planeta). E que a geração de energia, sem a qual não há desenvolvimento, é uma questão estratégica.
“O Brasil quer ser exemplo de crescimento e preservação”, afirmou a presidenta no café. Segundo ela, o país vai “lutar com aliados” para “não deixar que esse assunto desapareça” da pauta mundial.
A Rio+20 é considerada tão importante para o Brasil, que o governo aceitou e articulou uma mudança nas datas originais do encontro (4 a 6 de junho). Passou para 20 a 22 de junho por dois motivos. O primeiro é que, entre as datas originais, haverá a comemoração pelos 60 anos da coroação da rainha britânica Elisabeth II.
O segundo é que as novas datas são imediatamente depois da próxima reunião do G20, o grupo das vinte mais poderosas economias do planeta, marcado para 18 e 19 de junho, no México – emendar os dois encontros ajuda líderes globais e fazer uma viagem só.