Metalúrgicos ocupam Anchieta contra IR na PLR e por juros mais baixos

Cerca de 10 mil trabalhadores ocuparam a Via Anchieta na manhã desta quarta-feira (30) em manifestação que pediu o fim da cobrança de Imposto de Renda na PLR…





Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Cerca de 10 mil trabalhadores ocuparam a Via Anchieta na manhã desta quarta-feira (30) em manifestação que pediu o fim da cobrança de Imposto de Renda na PLR e exigiu a queda dos juros na economia.

O presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, parabenizou os trabalhadores pela demonstração de força. "Esse ato é um recado claro que levarei amanhã para Brasília, ao encontrar o deputado Marco Maia e os ministros Mantega e Gilberto Carvalho, de que a nossa luta continuará", afirmou.

No encontro de quinta em Brasília, Sérgio Nobre e dirigentes dos sindicatos dos bancários, químicos e petroleiros, levarão o abaixo assinado que circulou por essas categorias, pedindo o fim da cobrança de Imposto de Renda na PLR.

"Toda vez que ocupamos a Via Anchieta, conquistamos novos direitos. Espero que amanhã tenhamos uma resposta positiva do minsitro Mantega sobre a correção na alíquota do IR", disse. "Chegarei lá com o orgulho de dizer que mais de 10 mil trabalhadores foram às ruas exigir o fim do imposto na PLR e cobrando a queda de juros", completou Sérgio Nobre.

Os companheiros saíram das portarias da Volks, Scania e Karmann Ghia, em São Bernardo e andaram até o km 21 da Via Anchieta, ocupando a pista direita da rodovia, sentido São Paulo. A pista central recebeu o fluxo de veículos, não impedindo o trânsito no local.

Veja abaixo como foi a movimentação da companheirada:

7h40
Os trabalhadores saem da portaria da Scania e partem para encontrar o pessoal na Karmann Ghia. O presidente da FEM/CUT, Valmir Marques, o Biro-Biro, está no carro de som e elogia a luta da companheirada.

"O aumento real nos salários que conquistamos a pouco tempo pode ser comido pelo IR, por isso essa reivindicação é mais do que justa. Ela vai dar uma condição de vida melhor aos trabalhadores" disse.

7h41
Na Volks, o clima é de empolgação. Milhares de companheiros levantam bandeiras e cartazes com palavras de ordem contra o IR na PLR e a favor dos juros baixos.

Junto a eles, estão trabalhadores na Mercedes e de outras fábricas na categoria.

7h50
A passeata que saiu da Scania chega na Avenida Álvaro Guimarães e encontra os trabalhadores que vieram da Karmman Ghia.

7h55
Na portaria da Volks também participam da passeata o presidente do sindicato dos Químicos do ABC, Paulo Lage, a presidenta dos Bancários de São Paulo, Juvândia Moreira, além de uma comitiva de palestinos, que celebraram ontem (29) o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino.

8h00
"A não cobrança do IR na PLR é uma reivindicação antiga da categoria e a queda dos juros na economia é um compromisso da diretoria do Sindicato, assim como é uma política industrial favorável ao País. É injusto que o patrão não pague imposto quando recebe seus lucros e o trabalhador pague. Por isso que nós vamos para as ruas exigir o que é de direito da gente", afirmou Wagner Santana, o Wagnão, secretário-geral do Sindicato, no discurso para os trabalhadores na Volks.

8h10
"Reduzir juros e construir uma tabela progressiva de Imposto de Renda, com os ricos pagando mais e quem ganha menos pagando menos, é fazer justiça social em nosso País", disse Paulo Cayres, presidente da Confederanção Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), para os trabalhadores que saíram da Scania e Karmann Ghia.

8h15
Agora sim, a companheirada que saiu da Scania e Karmann Ghia chega na Via Anchieta.

8h20
"Manifestações como essa são necessárias. É importante pagar menos imposto e ter juros menores, pois isso dá mais condições pra gente sustentar nossas famílias. Os juros cobrados no País são muito abusivos", disse Oliver Campos, tecnico em logística na Scania, um dos milhares trabalhadores na passeata.

8h40
A passeata que saiu da Scania e Karmann Ghia chega ao km 22 da Via Anchieta e aguarda os trabalhadores que saíram da Volks. Em alguns minutos eles vão se encontrar, e depois rumam para o km 21, onde será realizado o ato.

8h43
Toda a manifestação ocorre tranquilamente, sem problemas para o trânsito na rodovia. A Polícia Rodoviária e a Polícia Militar ajudam a organizar o fluxo dos trabalhadores, que ocupam a pista direita da Via Anchieta, sentido São Paulo, liberando a pista central para o trânsito de veículos.

8h45
Cerca de 10 mil trabalhadores participam da manifestação na Via Anchieta contra a IR na PLR e exigindo juros mais baixos.

9h05
As passeatas que saíram da portaria da Volks, da Scania e da Karmann Ghia, chegam no km 21 da Via Anchieta para o início do ato contra o IR na PLR e exigindo juros mais baixos.

9h15
Começam os discursos do ato. Paulo Lage, presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, comparou o ato de hoje com a passeata em 2003 que reivindicou do governo Lula uma política de valorização do salário mínimo, pauta que foi atendida na época.

9h20
"Não criticamos o pagamento do Imposto de Renda, como a grande imprensa costuma falar. Quremos sim que a tabela do imposto seja progressiva, cobrando mais de quem ganha mais e menos de quem ganha menos, e que a Participação de Lucros e Resultados que os trabalhadores recebem não tenha imposto, assim como os patrões não tem imposto nos lucros que recebem das empresas", reforçou Paulão Cayres, presidente da CNM/CUT.

9h50
Fim do ato na Anchieta. Os 10 mil trabalhadores encerraram a manifestação com uma saudação a Lula – erguendo as mãos em forma de L – e desejando rápida recuperação ao ex-presidente.

O presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, parabenizou os trabalhadores pela manifestação. "Esse ato é um recado claro que levarei amanhã para Brasília, ao encontrar o deputado Marco Maia e os ministros Mantega e Gilberto Carvalho, de que a nossa luta continuará", afirmou.

"Toda vez que ocupamos a Via Anchieta, conquistamos novos direitos. Espero que amanhã, em Brasília, tenhamos uma resposta positiva do minsitro Mantega sobre a correção na alíquota do IR".